
Daniel Chapo candidato presidencial pelo partido Frelimo. Foto arquivo
Maputo, 10 Jun (AIM) – As companhias multinacionais que operam em Moçambique deveriam contratar mais serviços nas regiões onde se encontram instalada, ao invés de empresas estrangeiras, incluindo a mão-de-obra.
O encorajamento é do secretário-geral interino da Frelimo, Daniel Chapo, proferido na sua apresentação como candidato presidencial do partido no poder, um evento que teve lugar hoje (10) na cidade de Inhambane, capital da província homónima.
A cerimónia foi dirigida pelo Presidente da Frelimo, Filipe Nyusi, que é igualmente é Presidente da República.
“Para fazer uma limpeza a um escritório, para cortar um jardim, e outros trabalhos, não precisa de nenhuma especialização, pelo que tinham que ser as empresas locais a prestar o serviço para que o dinheiro fique nas comunidades locais, nas pequenas e médias empresas locais, e principalmente nas empresas dos nossos jovens”, disse Chapo.
Recordou que quando era governador de Inhambane, de 2016 até Maio último, sempre incentivou a petrolífera sul-africana Sasol, que desde 2004, explora os campos de gás natural de Temane e Pande, distrito de Inhassoro a contratar pequenas e médias empresas locais nos seus serviços.
“Hoje, isso está a acontecer em Inhassoro. É esta experiência que queremos transmitir a todo Moçambique, nos locais onde há exploração dos nossos recursos, seja gás, sejam rubis, sejam areias pesadas, sejam quaisquer outros recursos”, afirmou.
Segundo Chapo, é importante que as multinacionais instaladas nos postos administrativos ao longo do país reconheçam que os moçambicanos devem merecer a primeira atenção.
“Precisam de mais escolas, mais hospitais, mais água, os nossos jovens precisam de mais centros de formação, de financiamento para poderem fazer os negócios; por isso aquilo que fizemos em Inhassoro, para pequenas e médias empresas de Inhassoro, nós queremos replicar isso para todo o país”, vincou, tendo sublinhado que a Sasol construiu em Inhassoro, um dos melhores centros de formação técnico-profissional do país.
Inaugurado em Novembro de 2022, o centro, uma infra-estrutura composta por cinco salas de aula com capacidade para 20 estudantes cada, três oficinas para aulas práticas, sendo uma de mecânica, de electricidade e a terceira de soldadura industrial, incluindo um bloco residencial composto por seis casas para os funcionários do centro.
“Queremos que haja mais centros de formação técnico-profissional iguais para jovens em Moçambique”, disse.
Chapo citou outros feitos conseguidos quando era governador de Inhambane, tendo afirmado que vai replicar a experiência para outras províncias do país, facto que vai ter um rápido impacto devido ao dispositivo legal que estabelece as multinacionais alocarem 10 por cento das receitas para as províncias onde exploram os recursos naturais e minerais.
As eleições presidenciais, legislativas e provinciais em Moçambique terão lugar a 09 de Outubro próximo.
(AIM)
Ac/sg