
Presidente da República, Filipe Nyusi, inaugura Aeródromo de Mueda, província de Cabo Delgado
Maputo, 16 Junho (AIM) – O distrito de Mueda, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, passa a contar a partir de hoje com um aeródromo requalificado e com condições para receber aeronaves civis e militares.
A entrega formal da infra-estrutura teve lugar hoje, em Mueda, um evento que foi dirigido pelo Chefe do Estado, Filipe Nyusi.
Explicou que o Aeródromo de Mueda está em condições para contribuir para a defesa militar aérea da região norte, bem como para o desenvolvimento sócio-económico do país, através de operações civis.
Recordou que aquela infra-estrutura foi construída na década 60 para servir a guerra movida pelo sistema colonial, com o objectivo de travar os avanços da luta contra o colonialismo português levada a cabo pela então Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).
“Daqui partiam os bombardeamentos, soldados que atacavam de forma indiscriminada homens e mulheres indefesos nas comunidades destas regiões “, disse Nyusi.
Entretanto, o aeródromo passou a funcionar de forma deficiente para o desenvolvimento da economia nacional após a independência.
As obras de requalificação compreenderam a reciclagem das pistas, restauração dos caminhos de circulação e da placa de estacionamento de aeronaves, sinais luminosos nos postos, sistemas de comunicação aérea que garantem a comunicação aérea.
“Todos temos a responsabilidade e a tarefa de proteger a infra-estrutura para que não seja vandalizada. O aeródromo de Mueda é o mais longo em termos de cumprimento à nível da província”, disse o Presidente.
Sobre o Massacre de Mueda, explicou que faz parte da história colectiva.
Referiu que foi precisamente a 64 anos, na manhã do dia 16 de Junho de 1960 que a população do planalto de Mueda dos Macondes, reuniu-se para pedir às autoridades coloniais o fim da injustiça, concessão de liberdade e seus direitos fundamentais, tendo a tropa colonial respondido por via armada que resultou em centenas de mortes.
“Dois anos depois do Massacre, em 1962, os moçambicanos uniram-se e criaram a Frelimo, Movimento Nacional que dirigiu de forma exímia todo enredo que culminou com a expulsão do colonialismo “.
Por isso, disse Nyusi, cabe aos mais velhos o dever de transmitir a nova geração tudo o que aconteceu em Mueda.
(AIM)
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