
Maputo, 15 Dez (AIM) – O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que o sucesso que o país tem alcançado na defesa dos interesses da nação, caso do combate ao terrorismo, é dirigido por jovens formados na Academia Militar Marechal Samora Machel, localizada na província nortenha de Nampula.
Com efeito, Nyusi saudou a Academia Militar pela forma objectiva como tem orientado a formação de oficiais para o cumprimento eficaz das diferentes missões, incluindo o combate contra o terrorismo na província nortenha de Cabo Delgado.
Discursando na XVII cerimónia de graduação de oficiais naquela academia, Nyusi referiu, por outro lado, que o encerramento da parte teórica abre uma nova e complexa fase.
“Esta não é a fase final porque abre uma nova e complexa fase que é a de comandar tropas no terreno, perante diferentes ameaças”, afirmou.
Segundo Nyusi, a partir de hoje (14) os graduados são comandantes. “O comandante das FADM (Forças Armadas de Defesa de Moçambique) é modelo de bravura, coragem e determinação, onde a disciplina é fundamental”.
Nyusi destacou valores como a lealdade, por ser fundamental para o sucesso da missão das FADM, a defesa do Estado de direito democrático, da Constituição da República, a obediência incondicional, e a defesa de cada moçambicano e da soberania.
De acordo com Nyusi, a missão de membro e oficial das FADM não se compadece com a cobardia e indisciplina.
“Coloquem sempre em primeiro lugar a defesa dos interesses da nação moçambicana, em detrimento de interesses individuais”, sublinhou.
Na ocasião, o Presidente da República falou do “modus operandi” de integrantes das alegadas manifestações pós-eleitorais, afirmando que é o mesmo adoptado pelos terroristas que actuam em Cabo Delgado.
“Devem proteger o cidadão mas não permitir que um outro [cidadão] seja morto”, disse Nyusi, aos oficiais graduados.
Falou, a título de exemplo, da situação que ocorreu em Mogovolas, província de Nampula, em que, mais uma vez, foi incendiado um centro de tratamento da cólera, para além de agressões e perseguição aos profissionais de saúde.
Nyusi fez saber que face a esta situação, o Ministério da Saúde chegou a propor o encerramento do centro de saúde de Mogovolas, mas que a medida só poderá ocorrer depois de se esgotarem todas as possibilidades de manter a unidade funcional.
O estadista moçambicano não excluiu a possibilidade de reforço da protecção, incluindo a afectação de médicos militares.
“Um médico militar é completo porque sabe tudo o que os outros sabem, e sabe tratar em guerra, em movimento e em pânico”, anotou. “É fundamental que os militares saibam tudo o que os outros sabem, incluindo assuntos de guerra”, vincou.
O Comandante-Chefe das FADM defendeu, na ocasião, a introdução, na Academia Militar, de novos cursos de formação académica.
“Recomendamos a academia a iniciar uma reflexão sobre a introdução de novos cursos como a medicina militar, direito e licenciatura em informações militares”, anotou Filipe Nyusi.
(AIM)
mz