
Maputo, 27 Junho (AIM) – O Observatório Moçambicano para Deficiência (OMD) defende uma maior representatividade da pessoa com deficiência na Assembleia da República (AR), bem como sua inclusão nos processos eleitorais.
O desiderato foi expresso hoje, em Maputo, pelo presidente do Conselho de Direcção do OMD, Ricardo Moresse, durante uma mesa redonda sobre manifestos eleitorais inclusivos e representativos.
“A escassos meses das eleições gerais, reunimo-nos para reflectir a questão dos manifestos eleitorais e inclusão. O tema inclusão neste país já faz parte do vocabulário do nosso dia a dia”, disse Moresse.
Moresse fez questão de frisar que o OMD quer ver reflectida a situação de pessoas com deficiência na legislação.
“É preciso que a médio e longo prazo, se reflicta sobre quotas de representatividade. Nós sabemos que o acesso a Assembleia da República é por via dos partidos políticos e nós respeitamos desde a renovação dos mandatos quer para mulher, combatentes, jovens. Mas em nenhum sítio falam de quotas de pessoas com deficiência “, disse .
A representante do Instituto para Democracia Multipartidária (IMD), Lourena Mazive, afirma que os manifestos eleitorais são instrumentos vitais que servem como contratos sociais entre concorrentes e o eleitorado.
“Os manifestos devem oferecer uma visão clara de como os partidos pretendem atender as necessidades dos cidadãos moçambicanos. Por isso, é essencial que reflictam a diversidade da sociedade e respondam as aspirações das crianças, mulheres, jovens, idosos e pessoas com deficiência “, disse Mazive.
Por seu turno, Dulce Marrumbe, representante da Water Aid, fez saber que os partidos políticos são extremamente importante para o desenvolvimento de Moçambique, manutenção da paz e cultura de trabalho.
“Nós acreditamos que ter esta oportunidade de discutir com partidos políticos é também uma oportunidade para ouvir organizações da sociedade civil, cientistas políticos e sociais, e isso enriquece o próprio processo de desenho do manifesto”, disse Marrumbe.
O evento, que decorre em Maputo, conta com a presença partidos políticos, Fórum da sociedade civil, Observatórios da criança, mulher, parlamento juvenil, OJM, liga da Juventude da Renamo, União Nacional dos Estudantes entre outros.
(AIM)
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