
Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves
Maputo, 06 Jul (AIM) – O vice-ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves, disse que o Ruanda tem se destacado em promover soluções africanas para problemas africanos, pelo notável apoio e solidariedade no combate ao terrorismo que assola alguns distritos da província de Cabo Delgado, norte do país.
Falando em Maputo por ocasião do 30º aniversário do Dia da Libertação do Ruanda, efeméride que se assinalou quinta-feira (04) e que marca oficialmente o fim do genocídio ruandes, Gonçalvez assegurou que o Ruanda é impulsionador da luta para buscar soluções africanas, abrindo frentes de ser possível a África encontrar soluções internas.
O vice-ministro manifestou gratidão do governo não só ao Ruanda, mas também a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e dos países de Língua Portuguesa (CPLP) incluindo a União Africana (UA) e a outros países por terem confiado a responsabilidade de promover a paz e estabilidade no pais e no mundo.
Gonçalves falava em torno da eleição de Moçambique para Membro Não Permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, cujo mandato termina em Dezembro próximo.
“Nesta perspectiva temos vindo a desenvolver esforços no sentido de contribuir para o processo de integração regional e continental de forma harmoniosa, o que implica também aprofundarmos as relações de cooperação e parceria nos mais distintos domínios, principalmente naqueles em que as valências de cada um possam contribuir para a criação de vantagens recíprocas”, afirmou.
As relações culturais e históricas que unem Moçambique e Ruanda, segundo Gonçalves, transcendem a distância geográfica que separa ambos países e constituem factores susceptíveis de conferir maior dimensão e fortalecimento ao relacionamento existente.
“Este desiderato expressa a vontade comum de elevarmos cada vez mais as relações de cooperação política, económica e social, convictos que fluam e se traduzam em resultados tangíveis, através de acções concretas com benefícios mútuos entre os nossos países”, vincou.
Falando do 30º aniversário do Dia da Libertação do Ruanda, o vice-ministro afirmou que além de importante para o Ruanda, é também um marco importante para o mundo, um lembrete constante sobre os valores mais nobres da africanidade e humanidade.
Com a libertação, explicou, chega a esperança, relança-se o amor, semeiam-se as sementes da paz e prosperidade de um povo que soube buscar, dentro de si, a força e coragem para superar as marcas da dor, e projectar um futuro harmonioso para as gerações presentes e futuras.
“Hoje, Excelências, é um dia memorável, pois o manto que assombrava os mais nobres valores da humanidade no Ruanda rompeu-se com a vitória da Frente Patriótica do Ruanda, marcando assim, oficialmente o fim do genocídio daí a razão da celebração desta grande data”, disse.
Em Abril de 1994 iniciou o genocídio no Ruanda que durou 100 dias e fez cerca de 800 mil mortos ruandeses.
(AIM)
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