Maputo, 09 Jul (AIM) – Pelo menos uma em cada quatro mulheres moçambicanas sofre de algum tipo de violência, revela o Relatório sobre a Situação da População Mundial 2024, lançado hoje. em Maputo, pelo Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA).
Intitulado, “Vidas Entrelaçadas, Fios de Esperança: Acabar com as Desigualdades na Saúde e nos Direitos Sexuais e Reprodutivos”, o relatório destaca o impacto contínuo do racismo, do sexismo e de outras formas de discriminação no progresso da saúde sexual e reprodutiva das mulheres e raparigas.
A cifra representa cerca de 26 por cento da população feminina de Moçambique na faixa etária dos 15 aos 49 anos.
“A violência contra as mulheres é uma realidade grave e nós devemos lutar contra ela com políticas e acções de conscientização de maneira travarmos essa situação”, disse o representante adjunto do UNFPA em Moçambique, Walter Filho.
Outra particularidade que se regista em Moçambique é o atraso na escolaridade das raparigas.
Disse ser historicamente uma desvantagem existente entre os rapazes e raparigas moçambicanas, porque muitas mulheres são forçadas a uniões prematuras ou casamentos precoces.
“Por esta razão, esta é uma área que merece a nossa atenção”, apontou.
Filho diz que outro facto preocupante é elevado índice de pobreza, que regista uma tendência crescente.
“A taxa de pobreza em Moçambique, como em muitos outros países, está a aumentar. Por isso, o seu desenvolvimento social e económico requer muitas acções e leva muito tempo”, referiu.
Quanto ao relatório, espera que os números apresentados sejam usados em todos os sectores sociais para o melhoramento dos índices do país.
“Nós esperámos que este relatório seja utilizado por todos desde a política, programas, projectos que nos ajudem a garantir o direito à saúde, sobretudo saúde sexual, auxílio nos direitos dos homens, mulheres, rapazes e raparigas, e em todos sectores da sociedade”, referiu.
(AIM)
CC/sg