
Moçambique, Botswana e Zimbabwe assinam acordos para viabilização do porto de Techobanine
Matutuíne (Moçambique), 12 Jul (AIM) – Os Governos de Moçambique, Botswana e Zimbabwe assinaram na tarde desta sexta-feira (12), em Techobanine, distrito de Matutuíne, província meridional de Maputo, três acordos para a viabilização da construção do porto de águas profundas de Techobanine.
Trata-se de uma carta de pedido de financiamento ao Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), acordo de transporte de mercadorias entre os três países e acordo para a construção do próprio porto de Techobanine.
Falando minutos após a assinatura dos instrumentos junto dos seus homólogos tswana, Eric Molale, e zimbabweano, Felix Mhona, durante a Cimeira tripartida, Moçambique, Botswana e Zimbabwe, o ministro moçambicano dos transportes e comunicações, Mateus Magala, disse que antes da construção da infra-estrutura haverá um estudo de viabilidade que poderá custar pouco mais de três milhões de dólares.
“O Banco Africano de Desenvolvimento vai fazer um estudo de viabilidade que nós estimamos que venha a custar entre três a quatro milhões de dólares, na forma de donativo. Feito o estudo vai-se determinar o valor do projecto e quais as fontes possíveis de financiamento”, referiu.
“Alguns fundos virão do BAD, outros do Governo, sector privado e outras instituições financeiras”, esclareceu.
Disse que, informalmente, o BAD já manifestou interesse em fazer o estudo faltando a formalização do processo.
Explicou a importância do empreendimento afirmando que os países do interior carecem de uma infra-estrutura adequada para transportar as suas mercadorias de importação e exportação e Moçambique é visto como sendo a melhor solução para o problema, por isso o projecto do Porto.
“O porto vai estar numa área fora do Parque de Maputo, é uma área adjacente ao parque. Já foi realizado um estudo ambiental, tendo sido concluído que neste local estão salvaguardado o respeito pela a humanidade e biodiversidade”, assegurou.
O porto de Techobanine poderá ocupar uma área superior a 10 quilómetros quadrados e uma capacidade para transportar três milhões de toneladas de combustível e 16 milhões de toneladas de carvão e outros minérios.
O projecto também liga, por linha férrea, o porto de Techobanine a região carbonífera de Selebipikwe no Botswana.
(AIM)
CC/sg