
Criança moçambicana
Maputo, 16 Jul (AIM) – A mortalidade infantil, ou seja, o número de crianças que morrem entre o nascimento e o primeiro aniversário, reduziu de 64 por cada mil nascidos vivos em 2011, para 39 por cada mil nascidos vivos no ano de 2022-2023.
A província central de Tete reporta o numero mais reduzido, ou seja, 19 mortes por mil nascidos vivos, já a província de Cabo Delgado tem o pior registo estando situado em 55 óbitos por mil nascidos vivos.
Os dados foram apresentados na manhã de hoje em Maputo, pelo chefe do Departamento de Estatísticas Demográficas do Instituto Nacional de Estatística (INE), Abdulai Dade, na cerimónia de divulgação dos resultados do Inquérito Demográfico e de Saúde 2022/2023 (IDS).
A fonte explica que a tendência de mortalidade infantil por mil nascidos vivos tem vindo a cair paulatinamente desde o ano de 1997.
“Se olharmos para o início da elaboração do IDS em 1997 constata-se que há um decréscimo no número de mortes por mil nados vivos que ocorrem nas nossas unidades sanitárias. Partimos de 135 mortes por mil nados vivos a nível nacional para 39 por cada mil nados vivos”, disse.
Aponta que a mortalidade infanto-juvenil, que é de zero aos cinco anos, reduziu de 201 mortes por cada mil nados vivos em 1997 para 60 em 2022 e 2023.
No entanto, nota-se que a taxa de mortalidade neonatal é a que registou menor decréscimo no período em análise, passando de 54 mortes por mil nascidos vivos no IDS 1997 para 24 mortes por mil nascidos vivos no IDS 2022–23.
A fonte também aponta que pelo menos 27 por cento das crianças moçambicanas entre 12 e 23 meses já “receberam vacinas de acordo com o calendário nacional de vacinação”, estando o melhor registo na capital moçambicana com 77 por cento das crianças imunizadas e o pior em Zambézia com apenas 13 por cento de crianças.
Por outro lado, a desnutrição crónica em 2022 e 2023 no situou-se em 37 por cento, já a aguda em quatro por cento.
O Secretário de Estado na Cidade de Maputo, Vicente Joaquim, que participou no evento, disse que os dados apresentados deverão servir para melhorar as políticas nacionais.
“A importância deste seminário e dos resultados que hoje divulgamos não deve ser desvalorizada porque os dados recolhidos e analisados no Inquérito Demográfico e de Saúde 2022-2023 são fundamentais para o desenvolvimento de políticas públicas informadas e eficazes, que irão impactar positivamente na vida de milhares de cidadãos”, disse.
(AIM)
CC/sg