
Foto Família dos participantes do 34º Conselho Coordenador do Ministério do Interior
Maputo, 17 Jul (AIM)- O Presidente da República, Filipe Nyusi, desafia o Ministério do Interior (MINT) a apresentar pelo menos um mandante dos crimes de raptos que apoquentam os cidadãos em Moçambique.
Segundo Nyusi, mais casos de raptos foram esclarecidos em relação aos períodos anteriores.
“Ainda que reconheçamos que a erradicação do crime de rapto continua a constituir um desafio para o nosso SERNIC (Serviço Nacional de Investigação Criminal), os organismos da lei e ordem em geral, que tragam pelo menos um mandante, hão-de ver que a narrativa vai mudar, porque os mandantes são muito medrosos. A gente basta tomar uma certa medida, logo fogem”, disse Nyusi.
O Presidente da República falava esta quarta-feira (17), na abertura do 34º Conselho Coordenador do Ministério do Interior (MINT), que decorre em Maputo e junta quadros da instituição.
O evento decorre sob o lema “Ministério do Interior avaliando o seu Desempenho no Quinquénio 2020/2024, Perspectivando Estratégias de Enfrentamento dos Desafios Inerentes à Segurança Interna “.
Com relação ao terrorismo reconheceu que não é a tarefa da alçada tradicional da PRM. Por isso, logo que o governo se apercebeu que se tratava de terrorismo, tratou de accionar a defesa militar.
Enalteceu a entrega e empenho dos membros da PRM e o esforço conjunto das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), da Missão Militar da SADC para Moçambique (SAMIM) e da Força de Defesa do Ruanda na estabilização da segurança, garantia da circulação de pessoas e bens na província de Cabo Delgado na região norte.
“Por exemplo agora as estamos numa fase própria da Polícia, as Forças Armadas fazem assaltos, atacam as bases e quando recuperam as vilas, o dono que toma conta da cidade é o polícia “, disse.
Referiu que o quinquénio prestes a findar foi marcado de vários desafios, incluindo eventos climáticos extremos, terrorismo, pandemia da Covid-19 entre outros que afectaram o papel da Polícia da República de Moçambique (PRM).
“Tivemos dificuldades, mas não abalou o vosso sector, por isso justifica-se que o Conselho Coordenador reflicta sobre as actividades do sector durante o quinquénio que foi caracterizado por adversidades que condicionaram o seu desempenho”, disse Nyusi.
Enalteceu a PRM por ter estancado a caça furtiva, citando o exemplo de Mecula, onde os elefantes eram abatidos de forma desenfreada. Encorajou o Ministério do Interior, a prosseguir com a formação de fiscais, acções de monitoria entre outros.
O Chefe de Estado sublinhou que relativamente a ordem e segurança públicas o Ministério do Interior incrementou o seu efectivo, graças as formações realizadas nos últimos cinco anos, algo visível em várias artérias.
Na investigação criminal, o Presidente da República, Filipe Nyusi, destacou as medidas de prevenção e combate ao crime e tráfico de drogas levadas acabo pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), em Coordenação com a PRM, resultando no incremento de apreensões de drogas e número de pessoas detidas em conexão com estes crimes.
O Presidente diz tomou nota nos progressos registados na área de identificação, Migração, Serviço Nacional de Salvação Pública entre outros.
Quanto a identificação civil encoraja o governo pelos progressos que se registam na segurança e qualidade dos bilhetes de identificação civil, passaportes e introdução de sistemas electrónicos de atendimento para emissão destes documentos.
(AIM)
MR/sg