Maputo, 12 Mar (AIM) – O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) deteve um cidadão moçambicano, de 44 anos, em conexão com o rapto de uma jovem, de 26 anos, ocorrido no dia 01 de Novembro do transacto, em Maputo.
Segundo o porta-voz da SERNIC na cidade de Maputo, Hilário Lole, o suspeito é trabalhador de uma serigrafia e participou nos actos preparatórios para a prossecução do crime, no qual o seu papel era de emitir chapas de inscrição falsas para a viatura usada no rapto.
“Esses indivíduos procuram meios circulantes para executarem esses raptos, é sabido que, geralmente, se deslocam em viaturas para a execução dos raptos e essas viaturas devem ter registo, chapas de inscrição”, disse a fonte.
Acrescentou que informações na posse do SERNIC indicam que o suspeito participou na solicitação chapas de inscrição afixadas na viatura usada para o rapto.
Por isso, Lole diz haver evidências suficientes do seu envolvimento na prática deste crime.
Segundo Lole, o suspeito foi contactado por um outro sujeito cujo nome consta nos processos da SERNIC como tendo participado em vários raptos ocorridos na cidade de Maputo.
Por isso, a fonte afirma que existe uma relação entre o individuo que contactou o indiciado para a gravação da chapa de matrícula usada na viatura para o rapto. Já o mandante de raptos encontra-se detido na vizinha África do Sul.
Aliás, disse Lole, estão em curso diligências para a extradição do mandante que se encontra detido na África do Sul.
“Chegam-nos informações de uma relação entre este individuo e um outro que é apontado como o mandate dos raptos no território nacional que está preso na vizinha Africa do Sul e diligências estão sendo feitas para que seja responsabilizado no território nacional,” disse.
Falando à imprensa, o suspeito refuta todas as acusações que recaem sobre si e diz ser inocente.
“Não estou envolvido em nenhum rapto, sou apenas um cidadão normal que exerce sua actividade. Nunca fugi da polícia e ando à vontade na cidade, não tenho passagens na polícia”, disse.
“Ele (raptor) sempre veio fazer trabalhos comigo, vinha decorar a viatura dele, vinha fumar vidros, então fomos nos conhecendo assim, não temos aquela aproximação para um dia sentarmos numa pastelaria e tomarmos um sumo. A nossa relação é apenas de trabalho”, acrescentou.
Enquanto isso, o SERNIC garante estar a trabalhar no sentido de esclarecer a onda de raptos que, desde o ano de 2011, apoquentam a sociedade moçambicana, particularmente os empresários de origem asiática ou seus familiares.
(AIM)
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