Ossufo Momade, Presidente da Renamo
Maputo, 27 Jul (AIM) – O presidente da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, Ossufo Momade, defende que as empresas operadoras no transporte da madeira na província central de Sofala devem ser obrigadas a construir e a melhorar as estradas.
Falando durante um comício que orientou, sábado (27), na localidade de Mucheve, em Muxúngué, Momade afirmou que o governo deve exigir que os proprietários das empresas madeireiras implantem vias de acesso melhoradas.
Acusou o governo como principal responsável pela acentuada degradação das vias de acesso em Sofala.
“Se nós formos o governo, vamos obrigar todos que cortam madeiras aqui para criar condições para se abrir uma estrada para facilitar o escoamento dos produtos da nossa população”, disse Momade.
“São esses camiões que estão a estragar a estrada e eles carregam madeira, mas as nossas crianças na escola sentam no chão”, acrescentou.
Especificamente, Momade disse que os madeireiros devem construir e melhorar vias de acesso desde as florestas do posto administrativo de Muxúnguè, distrito de Chibabava até a cidade da Beira, que dista cerca de 280 quilómetros.
Momade falou também do desemprego, anotando que este resulta da ausência de fábricas de processamento dos produtos agrícolas das localidades.
“Hoje não há emprego, o único emprego é de torrar amendoim, e de preparar e vender bebidas espirituosas caseiras”, vincou, sublinhando que pretende que Mucheve se desenvolva e tenha, sobretudo, água potável.
Disse, ainda, que pretende dar continuidade a todos os projectos iniciados pelo malogrado líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
No entanto, Momade acusou a Frelimo, partido no poder, de montar suas bandeiras e colar panfletos ao longo das vias de acesso de Muxúnguè, como forma de provocação.
Os panfletos colados são novos, o que significa, acrescentou o líder da Renamo, tratar-se de um acto propositado da Frelimo, porque sabia do seu itinerário.
“Eu vi, quando estávamos a vir, panfletos da Frelimo, do candidato da Frelimo, mas quem está a chegar aqui não é a Frelimo, mas sim a Renamo e o candidato da Renamo. Aquilo é uma provocação porque são bandeiras novas num bambu”, vincou.
A visita de Momade insere-se no seu périplo e na pré-campanha relacionada com as eleições gerais de 09 de Outubro próximo.
(AIM)
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