Maputo, 22 Ago (AIM) – Moçambique conta desde esta quinta-feira (22) com um novo consórcio para a expansão de serviços financeiros inclusivos.
O programa tenciona promover o acesso a serviços financeiros digitais para micro e pequenas empresas, sobretudo detidas ou lideradas por mulheres.
Para o efeito, os presidentes da Câmara de Comercio de Moçambique (CCM), Álvaro Massingue, da “New faces, New Voices” (NFNV), Tânia Saranga, o da Instituição Financeira de Desenvolvimento (Gapi), Adolfo Muholove, e a representante da Associação moçambicana de Operadores de Microfinanças (AMOMIF), Lilia Mauricio, rubricaram, ainda esta quinta-feira, um memorando de entendimento que marca o início das actividades do consórcio.
Falando no lançamento da iniciativa, a administradora do Banco de Moçambique, Benedita Guimino, exaltou a iniciativa por abarcar um segmento social não coberto pelo sistema financeiro tradicional.
“É de nosso entendimento que, por um lado, as microfinanças criam oportunidades para aqueles que historicamente têm sido excluídos pelo sistema financeiro tradicional e, por outro, a digitalização facilita o acesso equitativo aos serviços financeiros, especialmente para mulheres e jovens, e impulsiona a inovação”, disse.
Referiu que a digitalização e microfinanças são cruciais, uma vez que promovem a inclusão financeira em Moçambique e vão de acordo com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, neste caso a redução das desigualdades de género.
Destacou, ainda, o contributo da iniciativa na emancipação da Mulher.
“Este programa visa promover o acesso aos serviços financeiros digitais, com foco em micro e pequenas empresas, priorizando a formalização de negócios liderados por mulheres, o que representa um passo significativo na promoção da inclusão financeira através da digitalização e no fortalecimento do papel da mulher empreendedora em Moçambique”, sublinhou.
Disse que o Banco de Moçambique, como guardião da estabilidade financeira, reconhece a importância da inovação tecnológica e da digitalização como ferramentas para aumentar o acesso aos serviços financeiros.
Reafirmou o compromisso da instituição em criar um ambiente regulatório que favoreça a inovação, a inclusão financeira, promoção da literacia financeira e digital, bem como a protecção do consumidor.
O Memorando, ora assinado, tem a vigência de 36 meses com possibilidade de renovação.
(AIM)
CC/mz