Maputo, 04 Set (AIM) – O candidato à presidência, Venâncio Mondlane, suportado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), uma formação política extraparlamentar, saiu à rua na tarde de terça-feira, no distrito de Milange, província central da Zambézia, para mais uma jornada de campanha eleitoral.
Neste distrito, Mondlane prometeu instalar fábricas para o processamento de diversos produtos agrícolas ali existentes produzidos, com vista a criar emprego para os jovens.
Para a consumação desta aspiração, Venâncio Mondlane diz ser imperioso que os seus simpatizantes votem em si massa nas presidenciais de 09 de Outubro próximo.
“Queremos também abrir linhas de financiamento para comerciantes, porque aqui há muitos”, disse.
Explicou que, no passado, os comerciantes que iam às machambas para comprar feijão e vender em de Milange. Por isso, o seu governo vai criar linhas de crédito porque um dos problemas que os comerciantes de Milange enfrentam é precisamente a falta de linhas de financiamento”, disse.
Referiu que a população de Milange não deve contentar-se apenas em ter fama de ter uma boa agricultura, mas sem resultados palpáveis para as suas vidas.
lamentou que os produtos agrícolas, que deviam estar a desenvolver Milange, estejam a ser transportados para o Malawi. O mesmo sucede em caso de doença. Os residentes acabam por se deslocar a Blantyre, no Malawi, a procura de boas clínicas, médicos, enfermeiros e medicamentos.
“A agricultura que devia desenvolver Milange para ter boas escolas, boas estradas, bons hospitais, está a desenvolver outro país. Muitos de vocês quando querem boas escolas para os vossos filhos mandam para Blantyre. Então, meus amigos chegou a hora de a agricultura de Milange desenvolver Milange. Chegou a hora de Milange ser para os de Milange, Zambézia ser para os zambezianos e Moçambique ser para os moçambicanos”, disse.
Mondlane garante que o seu governo também vai valorizar os régulos que são usados para humilhar a população, e os combatentes democráticos e os de libertação nacional, pois são pouco remunerados e marginalizados.
“Os vossos régulos, que às vezes pensam mal deles, recebem apenas de três em três meses apenas 900 meticais (um dólar equivale a cerca de 70 meticais), mas usam os régulos, usam-nos para humilhar a população e no fundo não recebem nada”, afirmou.
Acrescentou que “a mesma coisa estão a fazer com os combatentes, combateram pela democracia 16 anos, muitos combatentes da Renamo hoje estão a receber 1.200 a 1.400 meticais. Nós queremos combatentes da democracia ou combatentes da libertação nacional com melhores condições de vida”.
(AIM)
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