
Presidente da República, Filipe Nyusi, deposita uma coroa de flores na Praça dos Heróis no município da Matola por ocasião do 50º aniversario dos Acordos de Lusaka
Matola (Moçambique), 07 Set (AIM) – O Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, convida os cabecilhas dos ataques terroristas a entregarem as suas armas na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
Nyusi explica que a rendição se deve ao facto de já ser conhecida a identidade de alguns cabecilhas e, por isso, devem-se entregar, até porque a paciência, por parte do governo, está a esgotar-se.
“Sabemos os nomes de alguns deles, devem entregar-se agora, porque a paciência está a acabar e pode ser tarde, porque já terão destruído muita coisa”, disse hoje (07) o Presidente da República.
O Chefe de Estado falava na cidade da Matola, província de Maputo, durante as cerimónias alusivas ao 50º aniversário dos Acordos de Lusaka, assinados em 07 de Setembro de 1974, entre a Frelimo e o Governo colonial português, para a independência de Moçambique, proclamada em 25 de Junho de 1975.
Na ocasião, Filipe Nyusi avançou que no dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), que se assinala a 25 de Setembro, poderá elaborar, com mais detalhes e, se calhar, com os nomes dos cabecilhas dos “terroristas”.
O combate ao terrorismo em Cabo Delgado chegou a envolver os veteranos da Luta de Libertação Nacional, que assumiram a frente de batalha sob designação de “Força Local”.
Aos veteranos, Nyusi manifesta o seu apreço pelo empenho e compromisso com a paz de Moçambique, apesar da sua idade avançada.
“Os nossos veteranos, estruturados em Força Local, ao longo dos distritos atingidos pelo terrorismo, decidiram voltar a pegar em armas para combater um novo inimigo, apesar da idade avançada”, sublinhou.
Desde Outubro de 2017, que o distrito de Cabo Delgado é vítima de ataques terroristas que já fizeram mais de quatro mil mortos e forçaram mais de um milhão de pessoas a procurar abrigo em zonas mais seguras, desencadeando uma crise humanitária.
Entretanto, graças ao apoio militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e de um contingente do Ruanda, o governo moçambicano conseguiu restaurar a autoridade do Estado nas zonas outrora controladas pelos terroristas.
(AIM)
SC/sg