
Chimoio (Moçambique) 24 Set (AIM) – Um jovem está detido na cidade de Chimoio, capital da província central de Manica, em Moçambique, indiciado de ter assassinado a sua própria mãe.
O crime ocorreu na noite de segunda-feira (23), no bairro Nhamaonha. A vítima foi agredida pelo filho com recurso a um pau e outros objectos contundentes.
Alguns populares socorrerem a vítima para o Hospital Provincial de Chimoio (HPC), onde foi declarada óbito passado pouco tempo.
Júlia Martinho, neta da malograda, em conversa com a AIM disse desconhecer as principais causas da agressão física que resultou em morte.
Explicou que o jovem, seu familiar, sofre de perturbações mentais. No mês passado, por exemplo, ateou fogo a sua própria casa e, por várias vezes, agrediu fisicamente a família, incluindo sua própria esposa.
“Não sei o que realmente terá acontecido com a minha avó. Eu estava em minha casa e recebi informações sobre a morte dela. Telefonaram-me à noite. Fui para lá e contaram-me que foi agredida até à morte pelo seu filho”, contou Júlia Martinho.
Entretanto, a Polícia da República de Moçambique (PRM), na província de Manica, disse que a detenção do jovem resultou de uma denúncia feita pela comunidade.
“Devemos a denúncia. Fomos ao terreno e detivemos o jovem. Decorrem trabalhos para averiguar as principais causas desta morte”, disse a oficial de imprensa no comando Provincial da PRM, em Manica, Eunice Faustino.
“Estamos perante um crime de ofensas corporais. Foi instaurado um processo crime e o indiciado será levado a barra da justiça. Sobre a situação de sua saúde, porque os familiares dizem que o indiciado sofre de alguma perturbação mental, é parte da investigação e os resultados médicos poderão trazer a verdade dos factos”.
Eunice Faustino apela a população a continuar a trabalhar com a polícia no combate a criminalidade.
A denúncia, segundo a oficial de imprensa, é a melhor estratégia para prevenir mal. Eunice Faustino aconselha a população para não enveredar pela violência como forma de resolver qualquer briga dentro ou fora da família.,
“Isso mostra que a violência não é a melhor forma para resolvermos qualquer problema. Devemos recorrer ao diálogo ou mesmo as instituições vocacionadas para a resolução de conflitos e evitarmos o cometimento de crime”, acrescentou Eunice Faustino.
(AIM)
Nestor Magado (NM) /sg