
Maputo, 01 Out (AIM) – Pelo menos 85 mil indivíduos foram atendidos no primeiro semestre do corrente ano com complicações relacionadas com o consumo de drogas na cidade de Maputo, a capital moçambicana.
A informação foi avançada esta terça-feira (01), em Maputo, pelo secretário de Estado na Cidade de Maputo, Vicente Joaquim, durante a inauguração da Unidade de Apoio às Pessoas em Tratamento Opiáceo no Hospital Geral de Mavalane (APTO-Mavalane), orçada em cerca de 7.5 milhões de meticais.
Vicente Joaquim referiu que, em Moçambique, o número de pessoas usuárias de drogas com HIV podem chegar a uma prevalência de 43,9 por cento, enquanto que outras cerca de 22,6 por cento sofrem de Hepatite C e 5,9 por cento de Hepatite B.
“Ao longo destes anos houve ganhos significativos observados na qualidade de vida destes indivíduos, como a melhoria na qualidade de vida e integração social; diminuição/ou interrupção do uso ilícito de opioides; melhoria na adesão ao tratamento antirretroviral com taxa de supressão viral de 98 por cento; e integração dos pacientes para vários serviços, TARV, TAT, rastreio e tratamento de Hepatites Virais, Infecções de Transmissão Sexual, dentre outros”, disse Joaquim.
Segundo Joaquim, esta é a segunda unidade de tratamento de indivíduos consumidores de estupefacientes, sendo que, gradualmente, serão implantadas nas outras regiões do país.
“A inauguração desta segunda unidade APTO na cidade de Maputo irá permitir responder, parcialmente, a demanda da lista de espera de mais de duas mil pessoas com interesse em se beneficiar deste tratamento e permitir que mais concidadãos possam ter uma vida condigna e contribuir para a sociedade apesar da sua dependência química”, avançou.
Acrescentou que, “como cidade capital, ainda teremos desafios para responder a demanda como o de identificar outros locais para abertura de novas portas de oferta de serviço na cidade de Maputo, como forma de acomodar os pacientes”.
O governante referiu que as condições de exposição contínua, associadas aos factores de risco como o abuso de álcool, tabagismo e confinamento dos usuários de drogas, contribuem para o aumento do risco de contrair a tuberculose, tornando-se mais um encargo para a saúde do cidadão.
O director Nacional de Saúde Pública no Ministério da Saúde (MISAU), Fernando Quinhas, agradeceu pelo convite e pelo facto de a cidade estar a dar um passo importante numa acção que vai contribuir bastante para a implementação do Programa de Redução de Danos.
“Este marco representa o início de uma nova fase que é da expansão, aqui podemos começar a dizer que estamos a expandir. O nosso plano não se limita a este local, pois temos planos de expandir rapidamente para Nampula, Beira e província de Maputo, especificamente a cidade da Matola”, disse Quinhas.
(AIM)
Fernanda da Gama (FG)/dt