
Director do gabinete eleitoral do Podemos em Cabo Delgado, Francisco Abujate
Pemba (Moçambique), 06 Out (AIM) – O Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), em Cabo Delgado, centrou a sua mensagem de encerramento da campanha eleitoral, rumo às eleições gerais da próxima quarta-feira (09), nos actuais níveis de sofrimento da juventude nesta região do norte do país rica em recursos naturais.
“Olhamos mais na questão do sofrimento da juventude. Nós consideramos a juventude como sendo a camada que mais sofre por não ser valorizada pelo governo ao ponto de existir altos índices de desemprego”, disse à AIM o director do Gabinete Eleitoral do PODEMOS.
Fazendo o balanço preliminar da campanha eleitoral que vinha decorrendo desde 24 de Agosto último, Francisco Abujate disse que o PODEMOS acredita que com uma boa gestão e distribuição equitativa desses recursos, Cabo Delgado, em particular, não teria pobres.
“Acreditamos que Cabo Delgado é uma província rica em recursos. Os recursos existentes nesta província são suficientes para que com uma boa gestão e distribuição equitativa da riqueza não existiria nenhum pobre nesta região”, afirmou.
Abujate falava a AIM na sede provincial do PODEMOS, localizada no populoso bairro de Natite, na cidade de Pemba, momentos antes do início de uma passeata de membros e simpatizantes do partido, inserida no encerramento da campanha eleitoral. A passeata desaguou no bairro de Alto-Gingone, na mesma cidade.
Fazendo balanço preliminar da campanha, a fonte disse que a mesma decorreu num bom ritmo porque “o PODEMOS sempre pautou pela paz”.
Contudo, lamentou a ocorrência de episódios pouco abonatórios, tomando como exemplo o distrito de Ancuabe.
Segundo Abujate, a sede provincial recebeu informação “preocupante” que culminaria na colisão de caravanas.
“O que aconteceu em Ancuabe não se explica. O PODEMOS submeteu ao comando distrital da Polícia um documento sobre o programa de encerramento que incluía uma marcha. Mas quando fomos actualizar o programa, a polícia disse que o partido Frelimo também tinha agendado a sua cerimónia para o mesmo sítio”, explicou.
“Isso nos preocupou bastante porque o PODEMOS foi o primeiro a remeter o itinerário”, sublinhou.
No entanto, Francisco Abujate deu nota positiva a forma como a polícia moçambicana (PRM) acompanhou as marchas e comícios, “apesar de que alguns partidos tiveram intenção de perturbar a festa de todos nós”.
Reiterou que o PODEMOS sempre evitou provocações. “Mas em alguns distritos enfrentamos provocações, mesmo perante situações em que os protagonistas conhecem os critérios que todos os partidos devem seguir”.
“Na parte do partido no poder ficou evidente haver intolerância politica”, acusou.
O director do gabinete eleitoral do Podemos em Cabo Delgado anotou que se algo de grave não aconteceu foi graças a compreensão demonstrada pelos membros e simpatizantes do PODEMOS.
“Conseguimos ponderar ao ponto de não ter ocorrido nenhuma confrontação directa. Sensibilizamos os nossos seguidores, os seguidores do engenheiro Venâncio Mondlane [candidato presidencial apoiado pelo PODEMOS], e acreditamos que ouviram a mensagem e tiveram muita atenção”, afirmou.
Quanto ao dia de votação, Francisco Abujate disse que “a preparação é máxima”.
“Garantimos que é o dia final e que a vitória está nas nossas mãos, como Podemos, bem como do engenheiro Venâncio Mondlane”, rematou.
Em Cabo Delgado, o PODEMOS concorre apenas para as legislativas. A província tem 21 mandatos, de um total de 250 assentos disponíveis na Assembleia da República (AR), o parlamento.
(AIM)
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