
Graça Machel numa conferência de imprensa, depois de ter exercido o seu direito de voto na Cidade de Maputo. Foto de Carlos Júnior
Maputo, 09 Out (AIM) – Várias personalidades que se deslocaram na manhã de hoje (09), à Escola Secundária da Polana, em Maputo, apelaram ao povo moçambicano para votar com responsabilidade e patriotismo, em prol de eleições justas.
Ao todo são pouco mais de 17 milhões de moçambicanos esperados desde as primeiras horas desta quarta-feira (09) nas urnas para elegerem os próximos dirigentes para os próximos cinco anos, incluindo o Presidente da República.
Para Joaquim Chissano, primeiro presidente democraticamente em Moçambique, a população moçambicana deve encarar estas eleições como um espaço para mostrar mais responsabilidade não só perante o próprio, mas também para o mundo em geral.
“Essa atitude [de votar] que continue a crescer e que sejamos mais responsáveis perante nós próprios e perante o mundo”, disse, acrescentando que, nestas eleições “devemos continuar a votar na serenidade, na amizade, na alegria”,
Aliás, para o antigo Presidente da República esta data constitui um momento de satisfação, a julgar “pelo sentido de patriotismo do nosso povo”, olhando, em retrospectiva, para o tempo em que foi constituído o multipartidarismo e se instituíram as eleições multipartidárias, em que o povo não estivesse tão informado como está hoje.
A esposa do primeiro Presidente da República de Moçambique, Graça Machel, entende que é preciso votar com responsabilidade, como uma forma de valorizar as muitas vidas que se perderam na luta pela instituição de um regime democrático, que permite o “privilégio “de exercer este direito de escolher.
“O voto é uma conquista. Há muitas pessoas que se sacrificaram para que nós tivéssemos este direito, exercemo-lo com responsabilidade”, anotou a ex-primeira dama, sublinhando que este é o momento em que cada cidadão tem a responsabilidade de definir o futuro do país.
Já a presidente da Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, Esperança Bias, preferiu, depois de votar, dedicar o momento para apelar um ambiente ordeiro que prevalece, não só hoje – dia de votação – mas também durante todo o processo de anúncio de resultados.
“Penso que a eleição a está a correr bem e acho que isso é resultado do trabalho de sensibilização que os partidos políticos fizeram durante os 45 dias”, anotou Bias.
Para a presente corrida eleitoral, cujo ponto mais alto regista-se esta quarta-feira com a votação, concorrem quatro candidatos à Presidência da República, nomeadamente, Daniel Chapo, suportado pela Frelimo, partido no poder; Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, o maior partido da oposição; Lutero Simango, pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o segundo da oposição; e Venâncio Mondlane, pelo Povo Optimista de Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), um partido extraparlamentar.
Para dar lugar ao momento de votação, as Mesas da Assembleia de Voto (MAV’s) – num total pouco mais de 25 mil – abriram às 07h00 [hora local], não obstante a alguns casos de atraso na cidade de Maputo, e o encerramento está previsto para 18h00.
No terreno, em todo território nacional, estão instaladas pouco mais de 8.737 assembleias de voto para garantir o decurso da votação.
(AIM)
SC/sg