
Daniel Chapo, candidato presidencial da Frelimo, vota nas eleições gerais na cidade de Inhambane, capital da província homónima
Inhambane (Moçambique), 09 Out (AIM) – O candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo, votou na manhã desta quarta-feira (09), na Escola Primária Básica III Congresso, cidade de Inhambane, capital da província homónima, para as VII eleições presidenciais e legislativas e IV para as assembleias provinciais e de governador de província, apelando aos eleitores para uma afluência massiva às urnas.
Chapo foi o primeiro eleitor a votar, na assembleia de voto número 040176-01, com 800 eleitores, depois de abrir o processo pontualmente as 07h00 numa escola com um total de cinco mesas de voto.
Acompanhado pela sua esposa, Gueta Chapo, o processo de votação de ambos não durou mais de 10 minutos, seguindo-se de uma declaração a imprensa, onde o candidato da Frelimo apelou aos moçambicanos, para exercerem o seu direito a voto, conforme consagrado pela Constituição da República.
“Queria em primeiro lugar pedir para que todos os eleitores possam se fazer hoje as urnas para exercerem direito de votar e aqueles que vão ser eleitos também têm esse direito”, disse Chapo nas suas primeiras palavras depois de exercer o seu direito cívico na cidade de Inhambane.
Apelou igualmente a toda população moçambicana, particularmente os eleitores, para que, à semelhança a semelhança do ambiente, ordeiro, pacifico e sem violência que caracterizou a campanha eleitoral que durou 43 dias, a votação também decorra num ambiente de festa.
Lembrou que o escrutínio desta quarta-feira coincide com os 30 anos da democracia multipartidária em Moçambique, tendo as primeiras eleições ocorridos em 1994.
“Desde as primeiras eleições de 1994 até hoje, 2024, passam 30 anos da democracia multipartidária, e nós conseguimos perceber que durante a campanha eleitoral todos os moçambicanos estiveram em festa.
Pediu calma e serenidade aos moçambicanos, durante a votação, contagem e processamento de resultados eleitorais, até a divulgação dos resultados, para que este momento seja de festa e de afirmação da democracia moçambicana.
“Que todos nós possamos chegar ao fim e dizermos que, estas eleições foram livres, justas e transparentes. Este é o nosso apelo aos moçambicanos do Rovuma ao Maputo. Apelamos aos nossos irmãos na diáspora, para que também afluam em massa às assembleias de votação para exercer esse direito”, vincou.
Com pouco mais de um milhão de eleitores, foi neste círculo eleitoral da província de Inhambane que o candidato presidencial da Frelimo se recenseou, e porque não tinha direito a voto especial e por ultrapassado o tempo preconizado por lei para a transferência para votar em outra cidade, não havia outra hipótese senão votar no círculo eleitoral onde foi inscrito.
É a primeira vez na história da democracia moçambicana, que um candidato da Frelimo vota fora da capital.
Em Inhambane, de um modo geral, o processo arrancou sem sobressaltos nas 1.775 mesas de voto instaladas, com total de 11.725 Membros de Mesa de Voto, (MMVs).
Este é o culminar de uma campanha eleitoral, na qual os concorrentes apresentaram as ideias que corporizam os seus manifestos eleitorais, permitindo que cada cidadão eleitor decida em consciência.
Mais de 17 milhões de eleitores deverão escolher, no país e na diáspora, o seu próximo Presidente da República, que vai substituir Filipe Nyusi, eleito no escrutínio de 2019.
Quatro candidatos disputam a Presidência da República, nomeadamente, Daniel Chapo, suportado pela Frelimo, partido no poder; Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, o maior da oposição; Lutero Simango, pelo Movimento Democrático de Moçambique, o segundo da oposição; e Venâncio Mondlane, do Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique, um partido extraparlamentar.
São 37 partidos, coligações de partidos políticos que concorrem para as legislativas e para membros das assembleias provinciais.
(AIM)
Paulino Checo /sg