
Um aspecto da votacao na cidade de Maputo. Foto de Ferhat Momade
Maputo, 10 Out (AIM) – O Consórcio Eleitoral Mais Integridade (CEMI), que congrega varias Organizações da Sociedade Civil no país diz que cerca de 60% das mesas das Assembleias de Voto fecharam pontualmente às 18h00 na quarta-feira dia das eleições.
Parte das mesas continuaram abertas para permitir que todos os eleitores que se encontravam na fila pudessem exercer o seu direito de voto.
O CEMI diz que a maioria dos casos no qual 15 e 25 eleitores aguardavam na fila foi observado nas províncias de Maputo e Gaza no sul do país, província central de Manica e Nampula no norte do país.
Entretanto, a agremiação diz ter observado que alguns eleitores foram impedidos de exercer seu direito a voto principalmente nas províncias de Nampula, Gaza e Niassa com fundamento de terem chagado depois da hora de fecho.
“Na grande maioria das mesas onde ainda havia fila às 18h00, os eleitores puderam votar, mas nas restantes, principalmente em Nampula, Gaza e Niassa não lhes foi dado esse direito. Por exemplo, na EPC de Muchenga, em Lichinga”, disse.
Acrescentou “em uma das mesas que não fechou à hora, o Presidente não permitiu que eleitores na fila votassem porque, alegadamente, tinham chegado depois das 18h00, lê-se num comunicado em que AIM teve acesso”.
O CEMI diz ter observado que cerca de 82% das mesas nos 161 distritos do país observados, os observadores e delegados de candidatura deste consórcio puderam acompanhar o fecho da mesa.
Nas restantes mesas o CEMI diz que os seus observadores foram impedidos de acompanhar o fecho da votação.
“As principais razões de impedimento nas restantes mesas foram as seguintes, conforme os locais: Numa mesa do Campo do Benfica, em Quelimane, Zambézia, alguém não identificado do STAE deu ordens ao Presidente de mesa para expulsar os observadores do Mais Integridade”, disse.
Afirmou ainda, que “na EPC Josina Machel, cidade de Tete, uma observadora foi durante o período da tarde intimidada por agentes do STAE que alegavam que ela seria sequestrada porque era observadora do Mais Integridade, que mancha a imagem e o trabalho do STAE; na EPC Shandica, em Mandimba, Niassa, 2 jovens delegados de lista do PODEMOS foram detidos pela Polícia para não presenciarem o fecho e início da contagem”.
O CEMI faz recolha de dados e análise públicas sobre as várias fases do processo, incentivando o nível e a qualidade de participação dos cidadãos e contribuindo para a redução das tensões eleitorais.
O Consorcio é composto pela Comissão Episcopal de Justiça e Paz (CEJP) da Igreja Católica, Centro de Integridade Pública (CIP), Núcleo das Associações Femininas da Zambézia (NAFEZA), Solidariedade Moçambique (SoldMoz), Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil (CESC), Capítulo Moçambicano do Instituto para Comunicação Social da África Austral (MISA Moçambique) e Fórum das Associações Moçambicanas de Pessoas com Deficiência (FAMOD).
(AIM)
ZT/sg