Maputo, 17 Out (AIM) – A Reserva Especial do Niassa, a maior área de conservação do país, não regista casos de caça furtiva de elefantes desde 2018, revelou hoje o estadista moçambicano, Filipe Nyusi.
O Chefe de Estado explica que isso deve-se aos investimentos, reformas legais e instituições estabelecidos ao longo dos anos na área de conservação.
“Os investimentos e as reformas legais que temos vindo a realizar nas áreas de conservação trouxeram uma nova dinâmica e ganhos importantes para a reserva, a saber os recursos humanos e a redução de actividades ilegais, através do desenvolvimento de mais fiscais envolvendo meios motorizados, barcos e meios aéreos”, disse.
Agradeceu também as Forças de Defesa e Segurança pelo seu contributo, bem como a colaboração dos fiscais.
Disse que o aumento do número de parceiros e a “coexistência saudável dos diferentes operadores, junto do governo e as comunidades” também contribui para um ambiente saudável para o desenvolvimento da reserva.
Apontou para o uso de dispositivos tecnológicos como instrumentos de monitoramento de diferentes espécies de animais que contribuem para o parque.
Na ocasião, a directora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) em Moçambique, Helen Pataki, corroborou com Nyusi e disse que para o alcance deste marco o apoio dos Estados Unidos nos serviços de monitoria tiveram um papel preponderante.
“O apoio do Programa de Vigilância Área do Governo dos Estados Unidos permitiu a monitorização e também o destacamento de patrulhas, o que levou à redução dos casos de mineração ilegal e exploração madeireira na Reserva Espacial, bem como contribuiu para zero taxas de caça furtiva dos elefantes desde 2018”, disse.
Disse que a preservação da biodiversidade é algo necessário numa altura em que o mundo enfrenta desafios como as alterações climáticas e a degradação ambiental.
Por sua vez, o representante da Wildlife Conservation Society (WCS), Afonso Madope realçou o papel preponderante das forças que o Governo destacou para o parque para a redução de números ligados a caca furtiva.
“Queria destacar o esforço especial realizado pelo governo ao alocar Forças de Defesa e Segurança que ajudaram a travar o crítico problema da caça furtiva do elefante e hoje, graças a isso, celebramos com orgulho e de boca cheia a não existência de elefante abatido por actividade ilegal na Reserva do Niassa”, disse.
A fonte fez saber que são necessários anualmente oito milhões de dólares para garantir a sustentabilidade desta área de conservação.
Destacou que a WCS, co-gestora da Reserva, investiu junto de seus parceiros de 2012 a 2023, aproximadamente 40 milhões de dólares em diferentes projectos, incluindo para o desenvolvimento socioeconómico das comunidades que vivem dentro e ao redor da Reserva.
A Reserva do Niassa é o maior espaço de conservação do país com 42 mil quilómetros quadrados, habitam nela cerca de 60 mil pessoas e podem ser encontradas na área espécies como o elefante, leões, leopardos, zebras, mabecos e mais de 800 espécies de aves.
(AIM)
CC/sg