
Vice-presidente da CTA, Prakash Prehlad
Maputo, 21 Out (AIM) – A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) apela às empresas para desenvolverem as suas actividades normalmente e sem receios, na próxima segunda-feira (21).
Falando em conferência de imprensa havida nesta sexta-feira (18) em Maputo, o vice-presidente da CTA, Prakash Prehlad, explicou que as empresas devem comunicar aos seus trabalhadores para se fazerem presentes nos seus postos de trabalho na segunda-feira.
“A todos os membros e empresas que têm mostrado preocupação, devem comunicar com os clientes e trabalhadores que vamos trabalhar normalmente na segunda-feira”, afirmou.
O candidato à Presidência da República, Venâncio Mondlane, anunciou recentemente através das redes sociais, uma onda de manifestações que deverão acontecer próxima segunda-feira (21) em todo o país.
Venâncio Mondlane, candidato apoiado pelo Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) um partido extraparlamentar, nega os resultados preliminares anunciados pelos órgãos de administração eleitoral referentes às VII eleições presidenciais, legislativas e IV para os membros das assembleias provinciais e de governador de província, que tiveram lugar a 09 de Outubro último.
Os resultados colocam o candidato Daniel Chapo, suportado pela Frelimo, partido no poder, na dianteira, seguido por Venâncio Mondlane. Em terceiro lugar está Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, o maior partido da oposição, e a última posição é ocupada por Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
A CTA, segundo Prehlad, considera que uma paralisação da actividade produtiva e empresarial à escala nacional, resultaria em enormes prejuízos económicos e sociais que teria como principais vítimas os trabalhadores e suas famílias.
Apontou que a paralisação vai impactar sobre a carestia da vida, na actividade e tesouraria das unidades económicas e produtivas que, acrescentou, limitariam a capacidade das entidades empregadoras do cumprimento das suas obrigações salariais para com os seus trabalhadores, bem como a capacidade do mercado de satisfazer as necessidades essenciais dos cidadãos.
“Por isso, a CTA, em nome dos seus membros, repudia e condena de forma veemente a propalada convocação de uma manifestação à escala nacional, caracterizada pela paralisação de todos os serviços e actividades económicas e sócio-profissionais, em alegado protesto contra presumíveis irregularidades registadas durante o processo eleitoral cuja validação e proclamação dos respectivos resultados ainda aguarda pronunciamento dos órgãos eleitorais competentes”, vincou.
A CTA também apela à Comissão Nacional de Eleições (CNE) órgão que coordena e decide todas as actividades do processo eleitoral a serem céleres em divulgar os resultados de forma isenta para assegurar a credibilidade das eleições.
Aliás, Prakash disse que a própria CTA está a sensibilizar os órgãos eleitorais para “que se foquem no trabalho, particularmente nesta altura do ano, na qual, a demanda por diversos produtos começa a crescer, aliada à necessidade de preparação da quadra festiva”.
A CTA apela às forças de defesa e segurança para providenciarem a segurança necessária aos empreendimentos empresariais por todo o país, dado que estes costumam ser o alvo dos manifestantes.
Os resultados eleitorais deverão ser anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) num prazo de 15 dias, caso não haja reclamações a nível central.
Após a CNE ter anunciado, submete a decisão final ao Conselho Constitucional, órgão de última instância em dirimir contenciosos jurídico-constitucionais.
(AIM)
Ac/sg