
Maputo, 19 Out (AIM) – A Polícia da República de Moçambique (PRM) disse que o assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe derivou de uma discussão conjugal ocorrida momentos antes do crime.
A informação foi avançada hoje, em Maputo, pelo porta-voz da PRM a nível da Cidade de Maputo, Leonel Muchina, numa conferência de imprensa convocada para esclarecimento do caso.
“As vítimas estiveram, momentos antes do sucedido, a confraternizar no mercado conhecido como Pulmão, na zona de Malhangalene, onde supostamente houve uma discussão derivada de assuntos conjugais, de onde, posteriormente, teriam sido seguidos”, disse Muchina.
A PRM disse condenar o crime e apelou que todos os mandatários dos partidos políticos, cabeças-de-lista e outras figuras a evitarem locais expostos e susceptíveis a ocorrência de crimes.
O Presidente do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Albino Forquilha, entende que o assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe teve motivações políticas.
A mesma opinião é compartilhada pelo irmão de Paulo Guambe, que nega a alegação da PRM, de que as vítimas teriam sido assassinadas por motivos passionais.
Reagindo à morte de Elvino Dias e Paulo Guambe, o presidente do partido PODEMOS disse que as vítimas eram elementos-chave para os vários processos que o partido está a mover sobre ilícitos eleitorais e desvios de voto, pois, associado a isso, referiu que uma das vítimas revelou que vinha a receber convites para conversa por parte de alguns membros do partido no poder.
“Há três dias, o Guambe disse que estava a ser convidado por conhecidos do partido Frelimo para um bate-papo e troca de copos”, disse Forquilha.
Por essas razões, acredita que foi um assassinato encomendado e com motivações políticas.
O irmão de Paulo Guambe, Roberto Guambe, também confirma que o irmão terá recebido um convite de membros do partido no poder e nega que seu irmão se tenha envolvido em “discussões passionais”.
“O que a Polícia disse é uma pura mentira, porque meu irmão não tem esse tipo de comportamento”, disse Roberto Guambe.
(AIM)
Fernanda da Gama (FG)/dt