Maputo, 19 Out (AIM) – A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) repudia veementemente o assassinato bárbaro do advogado Elvino Dias ocorrido na madrugada deste Sábado, em Maputo.
O repúdio foi transmitido hoje, em Maputo, pelo Bastonário da OAM, Carlos Martins, durante uma conferência de imprensa.
Martins disse ser inevitável não associar a morte deste membro da sua agremiação com o exercício da sua profissão e considera tal acto uma tentativa de intimidar a classe.
“Enquanto classe, nós vamos continuar, não temos outro caminho, não é possível o exercício da nossa advocacia sem estarmos inseridos num ambiente de liberdade”, afirmou.
Acrescentou que a classe está profundamente chocada, “vamos, naturalmente, realizar várias actividades conducentes ao esclarecimento deste assassinato. Vamos homenagear o nosso colega, este dia não deverá ficar em branco. Nos próximos dias iremos naturalmente trazer mais elementos”.
Segundo o bastonário, a classe dos advogados é essencial no exercício e consolidação do Estado de Direito Democrático, pelo que garante que a OAM vai acompanhar de perto todo o processo inerente à descoberta da verdade material sobre a morte de Dias.
Apelou ao respeito pela divergência de opinião em todos os segmentos da sociedade moçambicana e assegura que a instituição que dirige vai continuar a defender os princípios fundamentais do Estado de Direito Democrático.
“Não é possível construir uma sociedade justa, sem se respeitar o contraditório, não é possível. Só a união desta classe é que poderá permitir que ela continue a bater-se e a defender os sinais essenciais do Estado”, disse.
Dias foi crivado de balas quando seguia pela avenida Joaquim Chissano, na companhia do mandatário do partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Paulo Guambe, também morto no local e de mais uma cidadã que se encontra a receber tratamento hospitalar numa das unidades sanitárias da cidade de Maputo.
(AIM)
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