
Maputo, 19 Out (AIM) -A Associação Moçambicana de Juízes (AMJ) manifestou hoje a sua profunda indignação e pesar pelo assassinato de Elvino Dias, advogado do candidato presidencial às eleições de 09 de Outubro corrente, Venâncio Mondlane, e do mandatário do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Paulo Guambe, condenando veemente este acto “brutal” ocorrido na madrugada deste Sábado, numa das artérias da cidade de Maputo..
Segundo a AMJ, este acto covarde e hediondo representa um ataque não apenas à vida de um profissional dedicado, mas também à própria justiça e ao Estado de Direito em Moçambique.
“O Dr. Elvino Dias era um defensor incansável da legalidade, conhecido pelo seu compromisso com a defesa dos direitos humanos e a justiça social. A sua morte não deve ser vista como um facto isolado, mas como um sinal alarmante das crescentes ameaças que pairam sobre os operadores do Direito em nosso país”, refere a AMJ em comunicado de imprensa publicado na página do Facebook desta agremiação.
Acrescenta que a AMJ não pode e não ficará indiferente a este crime. “Exigimos das autoridades competentes uma investigação célere, imparcial e rigorosa, que traga à luz os responsáveis por este assassinato e os leve a barra da justiça”, apela.
Para AMJ, este crime, tal como outros atentados contra advogados e magistrados, visam enfraquecer o sistema judicial e intimidar aqueles que, com coragem e firmeza, se levantam em defesa dos direitos dos cidadãos.
“Este momento trágico deve servir para reforçar o nosso compromisso colectivo com a luta por um sistema de justiça independente, transparente e que proteja todos os seus membros contra qualquer forma de violência e intimidação”, considera a AMJ no seu comunicado, estendendo as suas mais sinceras condolências às famílias de Elvino Dias e de Paulo Guambe, amigos e colegas de profissão, neste momento de luto e dor.
Na nota, a AMJ reafirma o compromisso de, como agremiação, trabalhar incansavelmente contribuindo no sentido de que os operadores do Direito em Moçambique não sejam silenciados por qualquer das formas, máxime, pela violência.
“A justiça deve prevalecer”, conclui o comunicado.
(AIM)
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