
Militares removem barricadas na cidade de Maputo
Maputo, 11 Nov (AIM) – O ambiente na cidade de Maputo era de muita tensão e muito volátil até as 12h00 desta quinta-feira (07), com centenas de manifestantes insistindo em prosseguir a sua marcha até ao centro da capital moçambicana.
Quando entrevistados pelos órgãos de informação vários grupos indicavam como destino final a avenida 25 de Setembro, avenidas 24 de Julho, Julius Nyerere, entre outros.
Esta era uma indicação clara de que a marcha não tinha um comando central. Entretanto, quase todos tinham o mesmo comportamento, ou seja quando eram repelidos com granadas de gás lacrimogéneo, disparadas pela policia, dispersavam mas, depois voltavam a se reagrupar.
No entanto, a Unidade de Intervenção Rápida (UIR), braço anti-motim da Polícia da República de Moçambique (PRM), interveio para dispersar os manifestantes que não se sabe ao certo o seu destino final.
Enquanto as diferentes especialidades da polícia lutavam para conter as manifestações violentas, as Forças Armadas, estavam focadas na remoção das barricadas colocadas na Avenida Eduardo Mondlane, e diálogo com os manifestantes para não vandalizarem infra-estruturas.
Na Avenida Eduardo Mondlane, partindo da estátua até um pouco depois do Bairro Central, havia pneus em chamas e as únicas viaturas em circulação eram das Forças de Defesa e Segurança.
Face a resistência dos manifestantes nessa zona, foram mobilizados mais contingentes para reforçar as forças que tentavam restaurar a autoridade do Estado no terreno.
Em contacto com os residentes, os militares tentam explicar que a sua missão é defender a soberania, as instituições de direito e o poder instituído democraticamente
Para além do Bairro Central, manifestantes continuam a forçar entrada para o centro da cidade a partir da Avenida Joaquim Chissano.
Já no bairro da Malhangalene os manifestantes vandalizaram e saquearam a cadeia de lojas da Shoprite, um dos maiores centros comerciais de Maputo.
No Bairro Luís Cabral, quando a situação parecia controlada, os manifestantes voltaram a reagrupar e enfrentar a polícia com pedras e garrafas.
Até as 12h00 não havia sinais do controlo da situação, pois os manifestantes estavam espalhados em vários grupos na cidade de Maputo.
(AIM)
PC/sg