
Tropas ruandesas
Bruxelas, 19 Nov (AIM – O Conselho Europeu aprovou, segunda-feira da semana corrente, um pacote adicional no valor de 20 milhões de euros ao abrigo do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz para continuar a apoiar o destacamento da Força de Defesa do Ruanda na província de Cabo Delgado no combate ao terrorismo em Moçambique.
“Este apoio permitirá a aquisição de equipamento pessoal e cobrirá os custos relacionados com o transporte aéreo estratégico necessário para apoiar a projecção ruandesa em Cabo Delgado”, refere um comunicado de imprensa da União Europeia que a AIM teve acesso.
Este destacamento teve início em Julho de 2021, a pedido das autoridades moçambicanas, para apoiar a luta contra o terrorismo em Cabo Delgado.
“A presença das tropas da Força de Defesa do Ruanda tem sido fundamental para fazer progressos e continua a ser fundamental, especialmente tendo em conta a recente retirada da Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM). Esta medida de reforço é um testemunho do apoio da UE às “soluções africanas para os problemas africanos” e, como parte da luta global contra o terrorismo, servirá também os interesses da UE na região”, disse Josep Borrell, Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, citado em comunicado
O apoio adicional adoptado complementa a medida de assistência paralela, no valor de 89 milhões de euros, às Forças Armadas moçambicanas treinadas pela Missão de Formação da UE (EUTM) Moçambique.
Criado em Março de 2021, o Mecanismo Europeu de Apoio à Paz visa financiar acções externas da UE com implicações militares ou de defesa, com o objectivo de prevenir conflitos, preservar a paz e reforçar a segurança e a estabilidade internacionais.
Em particular, o EPF permite à UE financiar acções destinadas a reforçar as capacidades de Estados terceiros e organizações regionais e internacionais em matéria militar e de defesa.
Desde Outubro de 2017 que Moçambique, particularmente Cabo Delgado, é alvo de ataques terroristas que já resultaram na morte de mais de quatro mil pessoas e levaram mais de quatro mil a abandonar as suas residências a busca de locais mais seguros.
(AIM)
Sg/