
Tropas ruandesas
Maputo, 19 Jun (AIM) – A Comissária e responsável pelas parcerias internacionais da União Europeia, Jutta Urpilainen, confirma a recepção de um pedido do governo ruandês para apoiar o contingente militar do seu exército na lutar contra o terrorismo na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
As Forças de Defesa do Ruanda (FDR) possuem actualmente um contingente militar, com um efectivo superior a 2.500 homens, em cabo Delgado para apoiar as Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique, a rechaçar os terroristas que continuam a cometer atrocidades contra civis indefesos.
Questionada em conferência de imprensa havida hoje, minutos antes partir no Aeroporto Internacional de Maputo, se confirmava o pedido do Ruanda à União Europeia (UE) para equipar as suas tropas com botas em Cabo Delgado, Urpilainen, sem detalhes, disse que a União ainda não considerou o pedido.
“O meu querido colega e Alto representante [da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep] Borrell, brevemente vai anunciar a decisão sobre o facto”, afirmou a comissária.
Recentemente, a agência noticiosa Bloomberg anunciou que a UE está a considerar duplicar o financiamento para as Forças de Defesa Ruandesa que combatem os terroristas em alguns distritos de Cabo Delgado.
A UE tem na mesa de discussão o desembolso de cerca de 40 milhões de euros por equipamento militar não letal e transporte aéreo para as forças ruandesas destacadas para Cabo Delgado.
A UE deverá discutir a proposta nas próximas semanas e há um forte apoio político dos países mais influentes da organização.
Desde 2021, o Ruanda, em conjunto com as FDS e a Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM, sigla em inglês) iniciou as suas operações.
Actualmente, de acordo com as autoridades moçambicanas, mais de 95 por cento dos locais que eram controlados pelos terroristas foi recuperado.
O apoio ao Ruanda surge no meio de preocupações que a SAMIM, que destacou cerca de 2.200 militares, deixar Cabo Delgado antes de 15 de Julho próximo. O Ruanda enviou mais 2.000 militares.
(AIM)
Ac/sg