Maputo, 28 Nov (AIM) – A Primeira-Dama de Moçambique, Isaura Nyusi, diz que o programa ´Meu Kit, Meu Emprego´, beneficiou de 2020 até ao primeiro semestre de 2024, um total de 19.772 jovens, dos quais 10.455 são mulheres, uma cifra que corresponde a 53 por cento.
Em igual período, o programa, liderado pela Secretaria de Estado de Juventude e Emprego de Moçambique, entregou 7.962 kits de auto-emprego disse Isaura Nyusi que falava hoje (28) na cidade da Praia, durante o lançamento da campanha “Nós Somos Iguais”, um evento que termina sexta-feira (29). A cerimónia foi testemunhada pelo Presidente de Cabo Verde, José Maria das Neves.
“O programa meu Kit meu Emprego atribuímos ferramentas de trabalhos em diferentes áreas, para que o jovem possa transformar a sua habilidade e seu saber técnico em negócio e com ele constituir a sua microempresa de forma rápida, segura e formal”, disse Isaura Nyusi.
A campanha Nós Somos Iguais, é promovida pela Organização das Primeiras Damas Africanas para o Desenvolvimento (OPDAD), e pretende combater desigualdades de género no continente africano, abordando questões como saúde, educação, empoderamento económico e prevenção da violência baseada no género.
Sobre a retenção das raparigas na escola e combate às uniões prematuras em Moçambique, Isaura Nyusi disse que é patrona, desde 2021, do “Eu Sou Capaz”, uma iniciativa financiada pelo Banco Mundial.
Por isso, até 2024, segundo a esposa do Presidente da República, a iniciativa prevê apoiar 600 mil raparigas da 5ª às 7ª classes, de sete províncias moçambicanas.
O facto vai proporcionar melhores oportunidades de educação e empoderamento, através de acções que estimulem a sua retenção na escola, desencorajem uniões prematuras e forçadas e gravidez precoce na adolescência.
A iniciativa distribui gratuitamente, material escolar e uniforme, bicicletas para as alunas que transitam para a 8ª classe.
“Empoderamos a rapariga através de programas da formação profissional e de estágios pré-profissionais”, vincou a Primeira-Dama, acrescentado que cerca de 20 mil raparigas se beneficiaram, desde 2020 até então, de estágios pré-profissionais em todo o território moçambicano, facto que promove o saber-fazer.
Na qualidade de Presidente do Movimento de Advocacia, Sensibilização e Mobilização de Recursos para Alfabetização (MASMA) iniciativa que visa mobilizar a sociedade moçambicana para a sua participação de forma activa e colectiva na redução das taxas de analfabetismo, Isaura Nyusi reconhece o grande potencial dos países africanos para alavancar o seu capital humano.
No entanto, é necessário que sejam envidados esforços no presente e no futuro, para investir na educação e na formação das crianças e dos jovens.
Por isso, de acordo com Isaura Nyusi, os países africanos poderão posicionar-se para colher os benefícios da produtividade económica acrescida do dividendo demográfico, que ocorre quando existe uma grande população activa em relação ao número de dependentes, pelos anos fora.
“Devemos ainda lutar para a continuação da expansão da rede escolar; redução do número de crianças sentadas no chão; e apostar cada vez mais, no ensino gratuito para o nível básico e secundário”, vincou.
Aliás, a Primeira-Dama lembrou aos presentes que a família é a célula primária da sociedade, sendo responsável pela formação de valores, comportamentos e pela transmissão cultural, pelo que constitui um vector essencial para uma educação equitativa rumo a uma sociedade genuína com a participação de todos.
Em Cabo Verde, a campanha é liderada pela Primeira-Dama, Débora Katisa Carvalho, e foi lançada com o lema “Família-Berço”, que destaca a importância da família na formação de valores de igualdade e respeito mútuo.
Na quinta-feira (29) dois grandes painéis de debate vão debruçar sobre os temas “Educação, Paz Social e Bem-estar dos Rapazes” e “Emancipação da Mulher e Desafios Familiares e Profissionais”.
Participam no evento, além de Débora Katisa, a Primeira-Dama do Burundi, Angéline Ndayishimiye; e a representante da Primeira-Dama da Nigéria, Hajia Laila Jibrin Barau (esposa do vice-Presidente do Senado da Nigéria) e da Secretária Executiva da Organização das Primeiras-Damas Africanas, Nardos Berhanu.
(AIM)
Ac/sg