Matola, 30 Nov (AIM) – Os professores da Escola Secundária da Liberdade, no Município da Matola, província de Maputo, sul de Moçambique, condicionam a realização de exames, previstos para a próxima semana, ao pagamento das horas extraordinárias.
Para fazer valer as suas reivindicações, os docentes daquele estabelecimento de ensino secundário geral marcharam, este sábado (30), pelas principais vias da zona.
Os professores querem o pagamento imediato dos três anos que o sector de educação está a lhes dever.
“Nós vamos manifestar até que o dinheiro entre nas nossas contas”, disse um dos professores, durante a marcha.
Vincou que não irão se realizar exames, pelo menos ao nível da Escola Secundaria da Liberdade, porque o colectivo de direcção decidiu que, “enquanto não haver dinheiro nas contas, não existirão exames”.
Um outro professor, Elias Langa, lamentou o facto de o sector da educação estar sempre a prometer, sem que honre as promessas.
“São promessas sobre promessas que nunca se concretizam. Portanto, não significa que os professores que estão aqui são rebeldes, mas o essencial que nos faz marchar são as nossas horas extras. Nós trabalhamos, mas, quando chega o momento de pagamento, está a ser um bicho de sete cabeças”, afirmou.
Langa, tal como os seus colegas, reiterou que “sem o pagamento das horas-extras, não haverá a realização de exames.”
Nos últimos dias, segundo os professores, houve uma série de conversações com as autoridades de educação, mas que nada de concreto foi acordado, limitando-se apenas em promessas.
(AIM)
dt/mz