
Maputo, 03 Jan (AIM) – O Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM) anunciou, esta sexta-feira (03), que precisa de duas semanas ininterruptas para estabilizar a recolha normal dos resíduos sólidos e acabar com as lixeiras informais na capital moçambicana.
A informação foi partilhada em conferência de imprensa havida nesta sexta-feira (03), em Maputo, pelo vereador de Infra-estruturas e Salubridade, João Munguambe.
O vereador disse que Ka Maxakeni, Ka Mubukwana, Ka Nlhamankulo e Ka Mavota são os distritos urbanos mais críticos e que merecerão uma especial atenção da edilidade. “Há este duplo esforço por parte do município e nós estamos a mobilizar o apoio por parte de parceiros públicos e privados, bem como meios adicionais para poder fazer a recolha”, disse.
Explicou que o duplo esforço refere-se à recolha dos resíduos sólidos produzidos diariamente, cerca de 1.800 toneladas, incluindo cerca de 6 a 9 mil toneladas não removidos durante as paralisações.
Segundo Munguambe, os manifestantes vandalizaram equipamento de um dos principais provedores, o que contribuiu para a redução da capacidade instalada.
“Estamos a trabalhar no sentido de repor a capacidade, mas também reconhecemos que, para resolver o problema dos resíduos sólidos que deixaram de ser removidos, precisaríamos de mais ou menos duas semanas de trabalho intenso com o reforço de meios adicionais. Prevê-se a sua chegada ao longo deste fim-de-semana e próxima semana, por forma a estabilizar a situação”, disse.
Apesar das dificuldades, Munguambe considera que a situação da salubridade na cidade de Maputo tende a normalizar, pois já há sinais visíveis no distrito de Ka Mpfumo.
Também existem resultados visíveis, nos distritos de Nlhamankulo, Ka Maxakeni, Ka Mavota e Ka Mubukwana, que apresentam o maior número de munícipes, “mas estamos a trabalhar nesse sentido e, acreditamos que os próximos dias serão melhores”.
Questionado sobre as micro-empresas, responsáveis pela recolha primária dos resíduos sólidos no interior dos bairros para os camiões de recolha secundários, garantiu que a mesma está sendo feita, ainda que não seja em todos bairros devidos à falta de meios.
Por entender que não é uma tarefa fácil, o município lançou um concurso para aquisição de mais 100 contentores de lixo, sendo 80, plásticos, de 1.100 litros, e os restantes metálicos.
“Esse processo está em curso, já se fez a adjudicação e aguardamos que, a qualquer momento, o fornecedor possa começar a fazer a entrega”, acrescentou.
Lembrou ainda que, o concurso foi feito antes do período das manifestações, “um processo normal de reforço da nossa capacidade e, a perda de cerca de 67 contentores significa uma reposição em pouco mais de 20 contentores, visto que, neste momento temos 10 viaturas asseguradas”.
Munguambe deplora a atitude dos munícipes que vão depositar lixo defronte de algumas instruções públicas, como a Electricidade de Moçambique (EDM).
“Não estão a ajudar, podem achar que estão a fazer uma pressão, sim, reconheço. Uma coisa é ter o lixo no chão, num lugar concentrado, e outra coisa é teres uma estrada fechada com lixo”, disse.
Por isso, apelou aos munícipes para que sigam exemplos positivos de outros munícipes, que varrem e limpam seus bairros, por forma a ajudarem a comunidade onde vivem, ao invés de piorar a situação.
(AIM)
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