Maputo, 9 Dez (AIM)) – O ministro do Interior, Pascoal Ronda, recomendou hoje (9), em Maputo, o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), a incluir nos seus desafios, o combate à ilícitos criminais pós-eleitoral como forma de evitar que sejam usados para o estabelecimento de alianças de redes e sindicatos do crime organizado no país.
As declarações do ministro do Interior, surgem no âmbito das celebrações do 8º aniversário da criação do SERNIC que hoje se assinala (9) a escala nacional.
Aliás, disse o ministro, as comemorações ocorrem numa altura em que o país vive momentos conturbados decorrentes de actos de vandalismo, subversão e terrorismo, caracterizados por destruição de infra-estruturas públicas e privadas, obstrução da livre circulação de pessoas e bens, bem como pelo saque e roubo em estabelecimentos comerciais e serviços.
“Neste contexto, queremos reiterar ao povo moçambicano o nosso apelo de não adesão aos actos de vandalismo e destruição de bens”, sublinhou.
“Escolheram para esta celebração o lema “SERNIC, Aprimorando Acções de Prevenção e Combate ao Crime Organizado e Transnacional, Face às Novas Ameaças” façam jus ao lema”, disse Pascoal Ronda.
Ressalvou que o foco do SERNIC deve estar na prevenção, combate e investigação do crime organizado e transnacional, citando os raptos, tráfico de droga, pessoas e órgãos humanos, armas e munições, produtos de flora e fauna, terrorismo urbano e o seu financiamento, branqueamento de capitais e crimes conexos.
“Insto ao SERNIC a ajustar as técnicas especiais de investigação criminal às dinâmicas nacionais e globais do crime, incrementar a coordenação, colaboração, cooperação regional, internacional e abordagem proactiva no processo de detenção, monitoria, seguimento e corte das redes dos crimes complexos e hediondos “, disse Ronda.
Sobre os raptos, anunciou que no período compreendido entre Janeiro de 2023 a Dezembro de 2024, foram desactivados cinco cativeiros e devolvidos ao convívio familiar 13 vítimas, das quais seis foram resgatadas no término das investigações e aquando da intervenção policial.
“Aprendidas 7 armas de fogo, 99 munições de diversos calibres, 10 viaturas, 28 telemóveis e detidos 62 indivíduos em conexão com este tipo legal de crime”, anotou.
Quanto ao tráfico de drogas, o ministro do Interior enaltece o SERNIC por desmantelar quatro fabriquetas ilícitas, apreensão de 3,7 quilos de cannabis sativa (soruma), 2.071 quilos de cocaína.
No mesmo período há registo da “apreensão de 642 quilos de heroína e 592,6 de metanfetamina”, disse o governante.
Apelou o SERNIC, a prosseguir com o mapeamento, rastreio de indivíduos e sindicatos de crime, aumentando a recolha de informação no seio das comunidades e articulação intra-institucional de formam a permitir o rápido esclarecimento de crimes.
“A sofisticação da criminalidade exige ainda o reforço da capacidade institucional do SERNIC, em forças, meios materiais e financeiros, o que pressupõe a operacionalização e modernização dos serviços com tecnologias de informação e comunicação (TICs), o aprimoramento dos piquetes e laboratórios provinciais, especialmente os regionais para trabalhos de recolha, análise e produção de evidências nos processos crime, bem como desenho do sistema de registo criminal flexível e digital”, acrescentou.
Fez saber ainda que o governo continuará a garantir o apoio institucional visando o cumprimento dos planos e programas em execução.
(AIM)
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