
Presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Luísa Celma Caetano Meque entrega donativo no Hospital Geral de Mavalane. Foto de Carlos Júnior
Maputo, 29 Jan (AIM) – A Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Luísa Meque, assegura que a instituição que dirige está em estado de prontidão para oferecer assistência humanitária e mitigar o risco de desastres a escala nacional.
A prontidão reflecte-se pelo grau de preparação em termos de posicionamento de equipamento e recursos humanos alocados nos pontos críticos para assistência e mitigação do risco, numa altura em que, o país se encontra no pico da época ciclónica.
Aliás, Moçambique já foi atingido por dois ciclones tropicais no presente ano, nomeadamente, o Chido que afectou as províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa e o Dikeledi, com impacto severo na província de Nampula, zona norte.
O estágio da prontidão foi partilhado hoje, em Maputo, durante a entrega de um donativo de produtos perecíveis aos orfanatos e hospitais da cidade de Maputo, capital moçambicana.
“Antes da época chuvosa nós preparamo-nos e, agora, estamos praticamente numa fase considerada o pico da ocorrência dos eventos ciclónicos. Estamos com os nossos equipamentos e pessoal posicionados em vários pontos do país e, em função dos eventos, nos fazemos ao terreno”, disse Luísa Meque.
Fazendo um balanço, a timoneira do INGD disse que o Dikeledi e Chido foram eventos de grande envergadura, que deixaram um rasto de morte, bem como de destruição de infra-estruturas públicas e privadas nas províncias de Nampula, Cabo Delgado e Niassa.
Num outro desenvolvimento, a nível da zona sul, há registo de inundações de campos agrícolas, colocando em risco diversas culturas na província de Gaza, onde a esmagadora maioria da população pratica agricultura de subsistência.
“As nossas equipas a nível da província de Gaza ainda estão a fazer o levantamento das áreas afectadas. É um trabalho que ocorre neste momento no terreno, mas há tendência de as águas baixarem e vamos continuar a monitorar”, referiu.
Sobre a ocorrência do fenómeno El Nino, caracterizado por seca extrema na região sul e centro, a fonte refere que há acções de assistência humanitária, sobretudo na província de Sofala, no distrito de Chemba e brevemente será estendido para a província de Gaza.
Ainda no quadro da assistência, Luísa Meque, liderou hoje, a canalização de quantidades consideráveis de bens perecíveis e outros ao Centro de Providência Social ORÍON e ao hospital geral de Mavalane, no centro da cidade de Maputo.
Trata-se de perto de dois mil caixas de carne de ovelha doadas pelo Reino da Arábia Saudita, arroz da República Popular da China e quantidades não especificadas de óleo alimentar, canalizadas aos necessitados, com vista a melhorar a dieta alimentar dos mais necessitados.
No acto de entrega dos produtos, Meque ficou impressionada com o atendimento dado a cerca de 40 pessoas (crianças) com necessidades especiais no Centro de Providencia Social, uma unidade que luta diariamente para minorar o sofrimento de crianças especiais.
“Estamos a manifestar o nosso carinho pelas crianças acolhidas aqui. São crianças que carecem de cuidados especiais e que estão a ser bem tratadas. O centro apresenta um bom estado em termos de higiene. Estas crianças precisam de todos nós. Há sinais de evolução nas crianças que estão aqui e isso que devemos abraçar. Troxemos óleo, arroz e carne”, disse Meque.
(AIM)
PC/sg