
Antigo Presidente moçambicano, Armando Guebuza
Maputo, 03 Fev (AIM) – Os antigos estadistas moçambicanos Armando Guebuza e Joaquim Chissano defendem a imortalização dos feitos alcançados pelos heróis nacionais.
Os antigos estadistas falavam hoje, em Maputo, na cerimónia centrais alusiva ao Dia dos Heróis moçambicanos.
Foi precisamente há 56 anos que um atentado à bomba tirou a vida, em Dar-es-Salaam, capital da Tanzânia, do Primeiro Presidente da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e arquitecto da Unidade Nacional, Eduardo Mondlane.
“Para que a paz que nós saboreamos possa melhorar ainda mais, tem que se tornar mais efectiva e para que os moçambicanos possam valorizar os esforços de Eduardo Mondlane e de todos os heróis”, disse Guebuza.
Guebuza defende que, neste momento particular, todos os moçambicanos devem contribuir para a paz e estabilidade social.
“Todos têm de trabalhar para que a situação arrefeça. Se uns estão a fazer arrefecer a situação e outros estão a colocar cada vez mais fogo, naturalmente, que vamos alcançar os nossos objectivos, mas com muito mais sacrifícios do que se todos nós juntos trabalharmos para que o nosso Moçambique fique em paz”, avançou.
Armando Guebuza espera que o resultado do diálogo político entre o Presidente da República, Daniel Chapo e o ex-candidato presidencial, Venâncio Mondlane seja a paz.
“Essa é a nossa grande esperança, o Presidente Chapo já declarou que está pronto para falar com Venâncio Mondlane. O Venâncio Mondlane também diz que quer falar. O resto há de se ver lá quando falarem”, disse.
Guebuza apelou aos moçambicanos para celebrarem o 03 de Fevereiro e a obra dos heróis, tendo em conta que a paz “que saboreamos um pouco deve melhorar ainda mais, para que os moçambicanos possam, de facto, valorizar ainda mais os esforços de Eduardo Mondlane, de outros heróis e de anónimos que trabalharam para Moçambique”.
Referiu ainda que existem grupos na sociedade moçambicana que continuam a instigar o desenvolvimento para perpetuar a tensão pós-eleitoral.
Para o antigo estadista tais atitudes tendem a atrasar o processo de estabilização do país.
Já o antigo estadista Joaquim Chissano entende que a forma de reivindicar não deve consistir na destruição dos ganhos já alcançados pelo país.
“O passado é muito importante, pois devemos saber de onde viemos, por onde estamos passando e para onde vamos e há muito que se dizer, então que para esses dias deve-se começar um movimento entre os jovens”, disse Chissano.
(AIM)
Fernanda da Gama (FG)/sg