
Secretário de Estado, Plácido Pereira (direita) e governador de Nampula Eduardo Mariamo Abdula, nas celebrações do dia dos Heróis Moçambicanos.
Nampula, (Moçambique) 03 Fev (AIM) – A promoção da paz e unidade nacional, aliada a cultura de trabalho para o alcance da independência económica, são algumas ideias defendidas pelo Secretário de Estado para Nampula, Plácido Pereira.
O governante, recentemente apresentado à população da província de Nampula, partilhou estas asserção na cerimónia que assinalou a passagem de mais um Dia dos Heróis Moçambicanos.
“Ao celebrar esta data, somos chamados a fazer uma reflexão profunda sobre a necessidade de preservação dos princípios da unidade nacional do patriotismo e da cultura de trabalho, que nos foram deixados como legado por Eduardo Mondlane e todos os heróis moçambicanos”, salientou.
Focalizou, na sua intervenção, o debate recente sobre a independência económica.
“A luta pela independência económica, á semelhança da luta pela independência política já proclamada em 1975, deve ser encarada por todos como um imperativo nacional, sendo assim, uma aposta colectiva de todos nós enquanto moçambicanos. Nunca lograremos alcançar a independência económica, sem resgatar, promover e aprimorarmos a paz, a integridade, a unidade nacional, o patriotismo e a cultura de trabalho, como pressupostos basilares para o sucesso desta nova luta”, disse.
O novo Secretario de Estado fez notar que as manifestações pós-eleitorais não contribuem para o fortalecimento e consolidação da unidade nacional.
“As manifestações pós-eleitorais e a forma violenta como estão decorrendo, não contribuem para o fortalecimento e consolidação da unidade nacional, que o saudoso Eduardo Mondlane e seus companheiros apregoaram, pois apenas desvirtuam o sentido de união, alimentam e atiçam a intolerância politica e nos tiram do foco da luta comum, para o desenvolvimento da nossa província e do nosso país”, destacou.
Frisou que “a destruição de infra-estruturas públicas e privadas, só contribuem para esvaziar o esforço empreendido nos últimos anos pelo Estado e pelo governo e retrocedem o nosso desenvolvimento. Ao celebrarmos esta data colectiva, de forma a desencorajar a prática de actos de violência, que desconstroem o tecido social e económico da nossa província e do nosso país no geral, pautando pela busca e valorização do diálogo franco e aberto, como a via eficaz para a solução dos problemas que nos afligem”.
Pereira aproveitou para deixar um apelo aos cidadãos população para que sejam observadas as medidas básicas de higiene e a retirada das famílias de zonas propensas a inundações.
“Celebramos esta data, ainda na época chuvosa e ciclónica, período de ocorrência frequente de doenças de origem hídrica, como as diarreias e a cólera, bem como o aumento de casos de malária nas comunidades, pelo que exortamos a todos, para a necessidade de continuar a intensificar a observância das medidas de saneamento básico do meio e retirada imediata das famílias das zonas de risco, bem como, ao cumprimento das recomendações do INAM e outras instituições do Estado e lideranças locais”.
A província de Nampula sofreu nos últimos dias danos severos provocados por ciclones que devastaram alguns distritos afectando aproximadamente 80.780 famílias.
Já o governador desta província, Eduardo Abdula, apelou a vigilância, contra as acções daqueles que querem impedir o desenvolvimento da província.
Abdula apelou a união, determinação e coragem para que cada um contribua para o bem-estar geral e deixou uma mensagem de esperança.
“Queremos aproveitar esta ocasião para apelar aos nossos jovens para que não enveredem por acções de vandalismo que, num passado recente, registamos em algumas cidades e vilas da província”, apelou.
Sobre o futuro imediato, o governador voltou a assumir o compromisso de prestar atenção especial aos jovens e mulheres.
“Como Conselho Executivo Provincial comprometemo-nos a fortalecer o papel dos jovens e das mulheres no desenvolvimento integrado, inclusivo e sustentável da província. Vamos promover a empregabilidade, especialmente da camada juvenil e a harmonia social”, concluiu.
(AIM)
Rosa Inguane/sg