
Ministro do Interior, Paulo Chachine. Foto de Carlos Júnior
Maputo, 22 Fev (AIM) – O ministro do Interior, Paulo Chachine, disse ser um facto de que existem pessoas com vontade de sabotar, destruir e criar pânico nas mentes dos cidadãos em Moçambique.
“Pode ser que haja uma mão externa no meio destas incidências, como também pode ser que não. Há um trabalho que está a ser feito de investigação para sabermos o que é que existe por detrás disso. O que sabemos é que existe vontade de criar sabotagem, destruição, e, com certeza, criar pânico nas mentes dos cidadãos”, afirmou.
Por isso, segundo o ministro, o combate à desordem e desacato à autoridade policial deve ser um trabalho extensivo à toda sociedade porque são males que põem em causa os interesses nacionais.
“Esta desobediência que existe põe em causa os interesses do país, sabota a nossa economia, sabota os nossos interesses, incluindo as nossas mentes, porque cria intranquilidade e preocupação a cada um dos moçambicanos”, sublinhou Chachine.
Sobre uma suposta perda de autoridade por parte dos agentes policiais, o ministro disse que não chamaria “perda de autoridade” sobre este tipo de comportamento, defendendo uma avaliação clara sobre o assunto.
“Há actos desses que têm o objectivo de provocar para ver a reacção e criar maior distúrbio ainda, mas às vezes é preciso balançar se vale a pena uma actuação forçada naquele momento ou é melhor agir com calma, para permitir que os seus objectivos não sejam atingidos”, afirmou, citado este sábado pelo “O Pais”.
O ministro falava, em Maputo, após conferir posse ao novo comandante da Escola de formação da Polícia de Matalane; ao novo comandante interino da polícia na província de Gaza; e ao comandante da polícia de fronteira.
Moçambique tem sido palco de manifestações violentas desde finais de Outubro de 2024, que já se traduziram em dezenas de mortos, feridos, saque e destruição de bens públicos e privados.
(AIM)
mz