
Antigo Presidente da Republica de Moçambique, Armando Emílio Guebuza. Foto de Santos Vilanculos
Maputo, 27 Fev (AIM) – O antigo Presidente da República, Armando Guebuza, augura uma Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, a ser o principal centro da unidade de todo o povo.
Falando durante a recepção do chefe da bancada parlamentar da Frelimo, partido no poder, Feliz Sílvia, que teve lugar hoje no seu gabinete de trabalho, em Maputo, Guebuza sublinhou que a AR representa a unidade e defesa dos interesses de todos os moçambicanos no processo de desenvolvimento do país.
Segundo Guebuza, que foi chefe da bancada da Frelimo na AR de 1994 até 2002, na 1ª e 2ª legislaturas, os moçambicanos devem continuar a elevar a bandeira nacional em prol da unidade e defesa de todos os interesses do país.
“Gostaria de aproveitar o momento para fazer um apelo para continuarem sempre a erguer bem alto a bandeira da República de Moçambique e a serem, na Assembleia, um centro que garante a unidade do povo moçambicano”, afirmou.
O parlamento deve ser, segundo Guebuza, um instrumento valioso de comunicação, apto e aberto para todos os moçambicanos.
Com a visita de Sílvia, Guebuza disse se sentir encorajado, sublinhando que nos actuais momentos turbulentos vividos nas principais cidades do país, caracterizados pelas manifestações violentas após as VII eleições gerais e IV para as assembleias provinciais realizadas a 09 de Outubro de 2024, é necessário manter a segurança e estar sempre confiante.
“As circunstâncias muito complexas que não lhe devem assustar; quando se vai para a batalha vai-se com confiança e seguros”, referiu.
Por seu turno, o chefe da bancada da Frelimo disse que a visita visava buscar mais experiência para poder dirigir com zelo, dedicação e competência o cargo que recentemente assumiu por confiança do partido.
Na AR, Sílvia assegura que a Frelimo vai trazer um debate cada vez mais consentâneo, voltado para o consenso, sem deixar de legislar com responsabilidade.
O chefe da bancada maioritária assegura igualmente a produção de leis que melhorem o desempenho da governação.
“Sabemos que estamos a crescer como Estado de direito democrático mas no concerto das Nações, portanto, precisamos de ter uma Assembleia cada vez mais aberta e em estrita ligação com o que acontece no mundo”, vincou.
Relativamente às manifestações violentas, Sílvia apela aos moçambicanos a se concentrar na construção do Estado. “Paremos com esta situação de vandalização não apenas das sedes do nosso partido mas a destruição do Estado moçambicano que foi construído com muito sacrifício de jovens que deixaram os seus sonhos para trás e lutaram para libertar o país”.
Está por detrás da vandalização de bens públicos, privados e particulares as manifestações pós-eleitorais convocadas pelo candidato presidencial derrotado, Venâncio Mondlane, que se autoproclamou vencedor.
Oficialmente, as presidenciais foram ganhas por Daniel Chapo, suportado pelo partido Frelimo.
(AIM)
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