
Maputo, 11 Abril (AIM) – O ministro da Saúde, Ussene Isse, disse hoje (11) em Maputo, que no presente ciclo de governação, o sector que dirige, pretende resgatar o atendimento humanizado, bem como estabelecer uma maior ligação entre doente e profissional de saúde, melhorar a gestão dos hospitais, limpeza, segurança e alimentação, entre outros.
“O segundo grande desafio que nós temos é a gestão dos medicamentos, uma das maiores fragilidades que temos que corrigir, por isso, estamos aqui para trabalhar, a questão de medicamentos para tratar às doenças aqui no nosso país. Certamente que têm reparado que muitas vezes as pessoas reclamam que foram ao hospital e não conseguiram obter medicamentos “, disse.
Segundo Ussene Isse, quando as autoridades confrontam a entrada e saída de medicamentos no sector da saúde, não encontram justificacao para a falta de medicamentos.
Isse falava no decurso da Reunião da plataforma nacional alargada dos conselheiros do ministro da saúde, um mecanismo consulta e diálogo constituído por vários intervenientes da sociedade.
A plataforma integra membros da sociedade civil, sector privado, Ordem dos Médicos, enfermeiros, líderes comunitários, Centro de Integridade Pública (CIP), jornalistas, representantes das associações profissional da saúde, líderes religiosos, agentes económicos entre outras forças vivas da sociedade.
Espera-se com a plataforma promover a qualidade de humanização dos cuidados de saúde, assegurando a disponibilidade, equidade, eficiência, acessibilidade de condições apropriadas às necessidades de serviços.
“Quando decidimos criar esta plataforma houve algumas críticas para o ministro, vais receber muitos problemas, muitos assuntos, mas, na verdade, é isto que vai permitir nos organizamos e termos foco, naquilo que temos que resolver com prioridade para a satisfação dos nossos utentes. Por isso, decidimos ter esta componente de conselheiros, que são pessoas que vão ajudar o Ministério da Saúde”, disse.
Assim, as informações que as autoridades sanitárias receberem na plataforma vão permitir ao sector avaliar e tomar as decisões mas correctas e, consequentemente, resolver o problema.
“Há muita impunidade e esta impunidade nós temos que combater e vamos combater sim, mas antes de combater é lutar para trazer mudança de atitude e de comportamento”, disse.
A fonte sublinha que muitas vezes o problema do paciente não está no medicamento, está na forma como alguns profissionais dialogam com o doente, no carinho, no afecto, empatia e outros aspectos.
“A relação médico e doente ou relação profissional de saúde e doente é fundamental e a chave para a cura de maior parte das doenças, nós privilegiávamos muito aquilo que é a história, diálogo com doente e isto aproxima o doente do profissional de saúde “, disse.
Refira-se que a plataforma irá igualmente dizer ao ministro da Saúde o que é que a população ou cidadão espera do serviço nacional de saúde, nível de satisfação dos serviços oferecidos nas unidades sanitárias.
(AIM)
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