
Primeira-ministra Benvinda Levi
Maputo, 16 Abril, (AIM) – A Primeira-ministra, Benvinda Levi, disse hoje (16) em Maputo, que após a actualização e harmonização com os diferentes intervenientes, o governo voltará a submeter a Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, as propostas de Lei de Comunicação Social e de Radiofusão, que foram depositadas mas não apreciadas na IX legislatura.
“As associações sócio-profissionais da comunicação social precisam engajar os jornalistas a assumirem a necessidade de se adoptar o Estatuto e introduzir a carteira profissional do jornalista ou afins, valorizando deste modo a própria classe”, disse.
Segundo Benvinda, para que sejam garantidas as liberdades nas democracias modernas, não basta somente que haja leis e regulamentação, é necessário que a própria comunicação se regule.
“Achamos oportuna a reflexão sobre o papel da comunicação social na defesa das liberdades, não apenas por ser um tema da actualidade, mas também porque tal se mostra premente nos tempos que correm e no contexto da construção da nossa jovem democracia”, referiu.
Ressalvou a importância da melhoria dos mecanismos de licenciamento dos órgãos de comunicação social para que o exercício desta actividade não se confunda com um negócio, afectando os valores mais nobres desta actividade profissional.
“O Conselho Superior de Comunicação Social também tem um papel muito importante para delimitar as balizas das liberdades no exercício da comunicação social, cabe a este órgão, alertar para as situações que extravasam os parâmetros legalmente previstos para o usufruto das liberdades de imprensa e de expressão “, disse.
A primeira-ministra falava hoje (16) em Maputo, na abertura da XI Reunião Anual da Sociedade de Notícias, que decorre na capital moçambicana, sob lema ” Cem anos de compromisso com cidadania e desenvolvimento”.
Sublinhou que o rápido desenvolvimento que ocorrem no contexto actual em que se vive a chamada sociedade de informação, remete a uma reflexão sobre o papel da comunicação social na defesa das liberdades em democracias modernas.
O governo entende haver necessidade de celeridade para iniciativas de literacia digital a partir da infância, deixando que este investimento contribua para que os utentes das redes sociais, a título de exemplo, tenham maior consciência dos resultados que as suas publicações podem causar na sociedade.
Por outro lado, desafiou as instituições de formação de profissionais da comunicação social, a assegurar que os seus programas curriculares se ajustem as actuais tendências, fortemente influenciadoras pelo advento da Internet e propagação da inteligência artificial.
Por seu turno, o Presidente do Conselho de Administração da Sociedade Notícias, Júlio Manjate, referiu que um dos objectivos do encontro anual é reunir todos gestores da empresa, directores dos sectores, membros do Conselho de Administração da Sociedade Notícias, delegados provinciais, chefes de departamentos e editores.
“A ideia é discutir assuntos transversais da vida da empresa, sendo esta uma empresa de comunicação social, naturalmente de produção de conteúdos vai de certa maneira dominar as discussões, a nova realidade de tecnologia, multimédia, vai dominar “, disse Manjate.
Nos próximos dias, a Sociedade Notícias vai inaugurar os serviços de comunicação de multimédia (estúdio) para implementar o podcast de rádio e televisão, com intuito de diversificar a sua presença no mercado.
(AIM)
MR/sg