
Fauna bravia, elefante africano. Foto de Ferhat Momade
Maputo, 17 Abr (AIM) – Pelo menos duas pessoas morreram, de Janeiro a esta parte, vítimas de ataque de elefantes, que também destruíram 80 hectares de culturas diversas em Marrupa, na província do Niassa, norte de Moçambique.
Segundo a Rádio Moçambique, emissora nacional, a área destruída pelos paquidermes representa um aumento em 12,4 hectares em relação à campanha agrícola anterior, quando foi reportada a perda de cerca de 70 hectares.
A directora dos Serviços Distritais das Actividades Económicas (SDAE), de Marrupa, Ana Rui, apontou as culturas de milho, abóboras, mandioca e feijões como as mais propensas aos ataques.
A situação que afecta cerca de 75 famílias dos povoados de Teleué, Mputu, Atlas, Chimula, Namaveresi, Palapato, Messalo e Pringilane pode causar bolsas de fome nos próximos meses.
A fonte revelou que as comunidades recorrem a métodos tradicionais para afugentar os animais.
“Refiro ao uso de batuques, batidas de latas, gritos e tudo mais, mas esses métodos já não são suficientes para o afugentamento. Tivemos dois óbitos em que variam em idade de 35 a 65 anos de idade nos povoados de Lipeleiche e Mputu”, referiu a directora.
Por isso, disse a fonte, “o nosso apelo à população é evitar circular nas áreas que nós sabemos que não são povoadas, que não são propícias para habitação”.
(AIM)
FG/sg