
Desfile de 1 de Maio em Maputo
Maputo, 01 Mai (AIM) – O Secretário-geral da OTM Central Sindical, Alexandre Munguambe manifestou hoje a sua insatisfação com a falta de progresso no processo da sindicalização Função Pública.
“Continuamos a ver o governo inflexível no reconhecimento jurídico e na revisão da Lei 18/2014 de 27 de Agosto, que permite o exercício livre da actividade sindical na Função Pública”, disse Munguambe no seu discurso alusivo as celebrações do 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador que hoje se assinala em todo o mundo.
Advertiu que esta inércia se continuar por muito mais tempo vai provocar problemas no sector público e o país, certamente que vai concorrer para a lista negra na arena internacional com as consequências daí decorrentes.
Munguambe também manifestou a sua preocupação com o impedimento de criação de estruturas sindicais de base e ausência do diálogo social em algumas empresas, sobretudo do capital estrangeiro.
O dia 1º de Maio é dia de festa para os trabalhadores de todo o mundo e dia de reflexão sobre os seus direitos e interesses nomeadamente a melhoria das condições de trabalho e de vida e o bem-estar social.
Na maioria das cidades e vilas do nosso país, manifestações pacíficas de rua estão a ter lugar com os trabalhadores a exteriorizarem o seu sentimento através de dísticos, cartazes, cânticos, danças e outras formas de manifestação sobre a situação sociolaboral actual que vive nos seus locais de trabalho.
Este ano, Moçambique celebra o 1º de Maio sobre o lema “Pelos Direitos Laborais Sindicais, a Luta “Continua.
É um lema que demonstra o cometimento do movimento sindical na luta pelos direitos dos trabalhadores e pelo exercício da actividade sindical em todo o sector da actividade, condição principal para a consolidação da justiça social, progresso económico e bem-estar dos trabalhadores e suas famílias.
“Queremos, com este lema, reafirmar a nossa condenação e repulsa as atitudes anti-sindicais de algumas entidades empregadoras que impedem o livre exercício da actividade sindical e o diálogo social, factos que precipitam os conflitos laborais e encorajam a precariedade laboral”, disse.
(AIM)
Sg/