
Cerimónia de Lançamento do Projecto financiado pela Coreia sobre as Actividades da Organização Internacional Para as Migrações (OIM) em Moçambique para apoiar o desenvolvimento humanitário e a paz. Foto de Carlos Júnior
Maputo, 02 Mai (AIM) – A República da Coreia anunciou hoje, a doação de um milhão de dólares para apoiar as vítimas do terrorismo e desastres naturais, em Cabo Delgado, no âmbito do Projecto da Organização Internacional das Migrações (OIM) “Actividades da OIM em Moçambique para apoiar o processo de paz e desenvolvimento humanitário”.
A informação foi partilhada esta sexta-feira (02), em Maputo, pelo Embaixador da República da Coreia em Moçambique, Bok Kang, tendo destacado que a ajuda proporcionará alívio urgente aos deslocados internos em Cabo Delgado.
Referiu ainda que, “além de atender as necessidades humanitárias imediatas, este apoio também contribuirá para soluções de longo prazo por meio de esforços de desenvolvimento regional, onde parte deste financiamento fortalecerá a Matriz de Rastreamento de Deslocamentos da OIM, que ajuda a monitorar as populações deslocadas e a aprimorar os esforços de resposta”.
Realçou, igualmente, a colaboração entre a República da Corea e a OIM no fortalecimento da capacidade colectiva para atender as necessidades imediatas e de longo prazo das comunidades deslocadas em Moçambique.
“Confiamos que a OIM continuará dedicado no seu trabalho, entregando resultados significativos que farão uma diferença real na vida das pessoas afectadas”, vincou.
Na ocasião, Bok Kang reafirmou o compromisso contínuo de a Coreia apoiar Moçambique, não apenas na assistência humanitária, mas também no desenvolvimento de vários projectos, tendo mencionado, com muito orgulho, a construção do Hospital Central de Quelimane, o fornecimento de equipamentos médicos essenciais e treinamento para os profissionais de saúde.
“Além disso, estamos a apoiar a criação de centros profissionais na Matola, equipando jovens moçambicanos com habilidades valiosas para o futuro”, acrescentou.
Por seu turno, o gestor do Programa de Abrigo, Dinis Dinis, esclareceu que, para além da Coreia, o projecto conta com multidoadores, envolvidos na reconstrução de infra-estruturas e da dignidade humana, o que implica ser necessário um investimento avultado para que seja alcançado o maior número de deslocados, este que depende do fundo disponível.
Entretanto, este apoio só é canalizado aos deslocados mediante levantamentos cíclicos feitos pela OIM, que permitem perceber onde os mesmos estão concentrados e auscultar as comunidades para aferir as suas necessidades prioritárias para posterior identificação das áreas de intervenção em cada distrito identificado, pois “o seu raio de abrangência é totalmente diferente”.
Vale lembrar que, o projecto implementado pela OIM é financiado pela República da Coreia e está em curso desde finais de 2024. Na altura, não foi possível realizar a cerimónia de lançamento do projecto devido às manifestações pós-eleitorais de 9 de Outubro último. O projecto expira em Agosto de 2025.
“Até ao momento, já foram identificadas as necessidades nos distritos de Mocímboa da Praia e Metuge”, disse Dinis Dinis.
(AIM)
NL/sg