Seca em Moçambique
Maputo, 26 Mai (AIM) – O Chefe de Estado moçambicano, Daniel Chapo, recomenda a adopção de acções inteligentes e coordenadas para as mudanças climáticas, face aos desafios da gestão de recursos hídricos e protecção das zonas costeiras.
Moçambique é considerado um dos mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas, com maior predominância para as cheias, secas e ciclones, por isso, o chefe do Estado afirmou que o Governo já está a implementar iniciativas que deverão contribuir para a redução significativa da perda de vidas humanas e de bens.
O Presidente avançou que dados recentes sobre as mudanças climáticas, indicam que Moçambique está entre os dez países mais vulneráveis do mundo face aos impactos climáticos extremos.
“Esta realidade exige uma acção coordenada, inteligente e solidária, não só ao nível político, mas essencialmente ao nível dos especialistas da nossa comunidade, técnicos aqui presentes, através da partilha de experiências, soluções implementadas e inovações estudadas,” disse o estadista durante a abertura do 16º. Simpósio de Hidráulica e Recursos Hídricos e 11º. Congresso de Planeamento e Gestão das Zonas Costeiras dos Países de Língua Portuguesa.
Assegurou que o plano de investimentos do governo, prevê acções de prevenção e adaptação à esta nova realidade global [mudanças climáticas], sendo Moçambique um dos mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas, com maior predominância para as cheias, secas e ciclones.
Disse que a Estratégia Nacional de Desenvolvimento 2025-2044 (ENDE), aprovada, recentemente, pala Assembleia da República, projecta Moçambique para uma nova era de desenvolvimento resiliente e inclusivo.
“No sector hídrico, a ENDE estabelece metas claras, para incrementar a capacidade de armazenamento de água, sair dos actuais 59,1 para 61,7 milhões de metros cúbicos de água; elevar o acesso ao precioso líquido para 70 por cento e o saneamento para 68 por cento; reforçar a gestão integrada dos recursos hídricos e, sobretudo, proteger as zonas vulneráveis à erosão e salinização costeira, daí a importância deste simpósio”, vincou.
Disse ainda que “a Lei do Serviço Público de Abastecimento de Água e Saneamento, em processo de regulamentação, estabelece um novo quadro para garantir o acesso universal, justo, equitativo e sustentável à água e saneamento à população”.
O governante acredita que, os eventos em curso que, decorrem sob o tema “Gestão dos Recursos Hídricos e das Zonas Costeiras em Cenários de Adaptação Climática”, vão estreitar laços de parceria entre os países da região.
“Os dois eventos, que hoje iniciam, são, por excelência, espaços privilegiados para estreitar laços, consolidar parcerias e abrir novos canais de cooperação entre os nossos países. A nossa capacidade de agir em conjunto será determinante para superar as barreiras de gestão integrada e sustentável dos recursos hídricos, na universalização do acesso à água potável e do saneamento, contribuindo deste modo para o bem-estar das nossas populações” assegurou.
Para o Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Fernando Rafael, este encontro constitui uma oportunidade para partilha de experiências e conhecimentos para fazer face aos desafios climáticos.
“Excelência, este encontro constitui uma oportunidade valiosa para colhermos contribuições, bem como partilharmos experiências e conhecimentos para fazer face aos desafios climáticos e de sustentabilidade que enfrentamos na gestão dos recursos hídricos nacionais e compartilhados”, afirmou.
(AIM)
SNN/sg
