Corrida para consciencialização das famílias sobre a prevenção do cancro da mama
Maputo, 26 Out (AIM) – A Associação da Luta Contra o Cancro da Mama – Outubro Rosa Moçambique (ALCCM-ORM) realizou, este domingo, a Feira da Família Outubro Rosa 2025, para consciencializar as famílias sobre a prevenção do cancro da mama e angariar fundos destinados ao apoio de pacientes em tratamento oncológico.
A vice-presidente da ALCCM-ORM, Sílvia Sacur, sublinhou que a iniciativa “pretende não só sensibilizar, mas também garantir apoio concreto aos pacientes, através de donativos e a acções de inclusão”.
“O nosso trabalho é voluntário e sem fins lucrativos. Os fundos que arrecadamos permitem apoiar pacientes com alimentos, transporte, e outros bens essenciais. Todos os meses realizamos sessões de apoio no Hospital Central de Maputo, onde levamos mensagens de esperança, mas também bens de primeira necessidade”, explicou Sacur.
Já a presidente da Associação da Luta Contra o Cancro, Celisae Quelhas, destacou que a instituição tem desempenhado um papel central na formação e fortalecimento da capacidade nacional de resposta à doença.
“Quando iniciámos, há mais de 20 anos, o país contava apenas com um ou dois médicos especializados em oncologia. Hoje, graças ao empenho colectivo e à cooperação com parceiros, temos oito médicos formados, actuando em áreas como oncologia mamária, pediátrica e urológica”, afirmou.
Quelhas ressaltou ainda que o cancro da mama deixou de ser uma questão exclusivamente de saúde individual para se tornar um desafio social e familiar.
“O cancro não é um problema de uma só pessoa. Afecta famílias inteiras, altera rotinas e exige apoio emocional, económico e psicológico. Por isso, trabalhamos para envolver maridos, filhos e comunidades nesta luta”, defendeu.
A dirigente lembrou que a associação mantém um memorando de entendimento com o Hospital Central de Maputo, no âmbito do Programa Nacional do Cancro, e realiza actividades regulares de sensibilização nas províncias da Beira e Nampula.
“Precisamos continuar a descentralizar a informação e os serviços. Há muitas mulheres em zonas rurais que ainda desconhecem os sinais iniciais do cancro da mama. A detecção precoce salva vidas, e é por isso que o nosso lema é: ame-se, toque-se e cuide-se”, apelou Quelhas.
(AIM)
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