Secretary of State for Trade, Antonio Grispos,
Maputo, 26 de Dez (AIM) – O Governo manifestou satisfação com a disponibilidade de produtos e a estabilidade de preços no mercado nacional durante a actual quadra festiva.
A satisfação foi manifestada hoje, na província de Maputo, pelo Secretário de Estado do Comércio, António Grispos na sequência de uma ronda de monitoria realizada a vários estabelecimentos comerciais, no âmbito das acções de acompanhamento do funcionamento das actividades económicas.
A convicção do governo em função da avaliação feita, è de que, o país dispõe de stocks suficientes para responder à procura típica do período festivo.
“O que estamos a acompanhar é que, de facto, os stocks existem. Anunciámos já, depois do último Conselho de Ministros, que os stocks que tínhamos avaliado indicavam que tínhamos quantidade suficiente para três meses”, afirmou António Grispos.
Segundo o governante, a monitoria confirmou não só a boa disponibilidade de produtos, como também uma tendência generalizada de manutenção dos preços.
“Há uma tendência generalizada de os preços continuarem no nível que estávamos”, referiu.
Reconheceu que houve algumas pequenas situações, relativas a tentativa de especulação de preços, mas rapidamente identificadas e ultrapassadas.
“Os stocks estão bons, não há necessidade nenhuma, nem há afluência que justifique uma subida anormal sobre um ou outro produto”, acrescentou.
No entanto, Grispos apontou a existência de desafios estruturais, sobretudo no acesso às divisas, uma preocupação recorrente entre importadores, retalhistas e armazenistas, constrangimento que afecta principalmente produtos de maior procura que está ligado à dependência de mercados externos, com destaque para a África do Sul.
Ainda assim, garantiu que o Governo está a trabalhar em soluções, incluindo a aprovação recente de um decreto sobre restrições quantitativas, com o objectivo de promover a compra de mais produtos nacionais e melhorar a gestão das reservas.
Outro ponto destacado pelo Secretário de Estado foi o crescimento da presença de produtos nacionais nas prateleiras, apontando uma meta futura, de entre 80 a 90 por cento dos produtos comercializados sejam de origem moçambicana, uma estratégia que visa reduzir a pressão sobre as divisas, criar mais empregos e estimular o investimento.
“Noto com alguma satisfação que nas prateleiras temos vindo a ver há muito produto nacional”, disse.
Entre os produtos com autossuficiência ou forte potencial produtivo, António Grispos destacou o sal, a água mineral, o açúcar, a carne e a farinha de milho.
(AIM)
Paulino Checo
