MAPUTO: FRAUDE LESA CEDSIF EM MAIS DE 5.9 MILHOES DE METICAIS
Maputo, 21 Dez (AIM) – O Centro de Desenvolvimento de Sistemas de Informação e Finanças (CEDSIF) sofreu um rombo financeiro de mais de 5.9 milhões de meticais (cerca de 94.8 mil dólares norte-americanos ao cambio do dia), na sequência de um esquema orquestrado por quatro indivíduos, três dos quais colaboradores da instituição e um outro titular de uma empresa usada para o efeito.
Um comunicado do Gabinete Central de Combate a Corrupção (GCCC) enviado hoje à AIM explica que os quatro indivíduos foram detidos no dia 07 de Dezembro corrente “por impender sobre si fortes suspeitas da prática dos crimes de corrupção passiva para acto ilícito, corrupção activa, abuso de cargo ou função, peculato, participação económica em negócio e uso de documento falso”,
O comunicado explica que na sequência de uma sindicância interna, o CEDSIF reportou ao GCCC o envolvimento de três colaboradores seus numa fraude em que os mesmos, em conluio com o titular de uma empresa contratada pela instituição, atestaram o recebimento do objecto do contrato, o que gerou o pagamento do valor correspondente, sem que, no entanto, o fornecedor tivesse prestado o que se propunha.
“Porque os factos patentes no referido relatório indiciassem a prática de ilícitos criminais, foi instaurado o Processo 21/114/P/GCCC/2022, a coberto do qual foram constituídos 05 arguidos de entre eles 04 pessoas singulares e 01 jurídica, daqueles, 03 funcionários do CEDSIF, e 01 titular da empresa, igualmente constituída arguida nos autos”, lê-se na nota.
Com efeito, segundo o GCCC, a investigação empreendida permitiu apurar que para lograram seus intentos os arguidos fabricaram um documento, assinando-o em como o equipamento tivesse dado entrada nos armazéns do CEDSIF, o que se mostrava falso.
“Por conta desse acto o CEDSIF viu-se prejudicado em 5.972.142,15MT (Cinco milhões, novecentos e setenta e dois mil, cento e quarenta e dois meticais e quinze centavos), correspondentes ao valor pago ao fornecedor, por conta do inexistente fornecimento”, indica, acrescentado “em face da prova coligida, os 04 arguidos, pessoas singulares, foram detidas”
Cumpridas as formalidades legais, acrescenta o comunicado, foram os mesmos submetidos a primeiro interrogatório, tendo o juiz fixado competentes medidas de coação, dentre as quais a de prisão preventiva e liberdade provisória mediante pagamento de caução.
“De referir que os 03 funcionários do CEDSIF, ora arguidos, após procedimento disciplinar interno foram desvinculados da instituição no mês de Setembro passado”, conclui.
(AIM)
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