
Estrada cortada devido as chuvas
Maputo, 03 Mar (AIM) – O Banco Mundial argumenta que Moçambique deve apostar na construção de estradas resilientes a fenómenos naturais, uma vez que, nos últimos anos, tem sido vítima frequente destes.
O posicionamento foi expresso por Zayra Romo, Chefe de Programas e Transporte do Banco Mundial, na XX Assembleia-Geral da Associação Africana de Fundos de Manutenção de Estradas (ARMFA).
Romo disse que os desastres naturais trazem efeitos negativos às infra-estruturas rodoviárias do país, pelo que defende obras de qualidade.
“As mudanças climáticas têm um impacto negativo na qualidade das estradas e é por isso indispensável desenhar estradas de forma resiliente. Por exemplo, em Moçambique, os ciclones Idai e Kenneth, em 2019, danificaram 3.600 quilómetros de estrada”, referiu.
Segundo a fonte, a construção de estradas em Moçambique e em África, em geral, continua um ‘calcanhar de Aquiles’, mas disse haver necessidades de mais estradas, dia após dia.
“Abordar a manutenção das redes rodoviárias continua a ser uma preocupação urgente em todo continente, devido ao declínio dos recursos governamentais e ao aumento das necessidades de manutenção para preservar os investimentos”, disse.
Para reduzir o impacto, reconhece que “será uma longa jornada” e, para tal, defende a intervenção do “governo, instituições, sector privado, e os parceiros” na solução do problema.
O Banco Mundial refere que, a ser implementadas as construções resilientes, espera-se benefícios para a sustentabilidade da rede rodoviária em África, uma vez que ela é indispensável para o desenvolvimento económico do país.
O evento, organizado pelo Fundo de Estradas de Moçambique decorre de 03 a 06 de Abril corrente sob o lema “Alinhando o financiamento sustentável às necessidades do sector rodoviário em África” e tem como objectivo a busca de fundos para a construção e reabilitação de estradas no continente.
(AIM)
Custódio Cossa/dt