Manifestação da Renamo em Nampula
Nampula (Moçambique), 16 Out (AIM) – Um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) encontra-se hospitalizado, em estado grave, numa unidade sanitária da cidade de Nampula, vítima de agressão, no domingo, perpetrada por simpatizantes da Renamo.
A agressão ocorreu durante um comício do maior partido da oposição em Moçambique, que tinha por objectivo contestar os resultados das eleições autárquicas de 11 de Outubro corrente.
O porta-voz da PRM, em Nampula, Zacarias Nacute, explicou em conferência de imprensa havida esta manhã que tudo começou no final da marcha e comício da Renamo quando simpatizantes, instigados pela respectiva delegada, agrediram o agente policial em missão de serviço a paisana.
“O agente policial foi agredido a mando da delegada da Renamo, ficou gravemente ferido e encontra-se hospitalizado. No local da agressão foi socorrido por outros agentes que ali se encontravam na protecção da manifestação que fora autorizada. A nossa arma, havia desaparecido, foi entretanto recuperada no gabinete da delegada”, informou.
A fonte disse ainda que já foi instaurado um processo-crime de roubo agravado e agressão física violenta.
“Foi aberto um processo-crime contra a delegada da Renamo que, de forma recorrente, insta os simpatizantes do seu partido a agredirem ou a molestarem agentes da Polícia”, disse.
A Renamo pediu autorização para realizar marchas no domingo, na cidade Nampula e no distrito de Mossuril para as quais recebeu autorização e, por isso, foram destacados agentes para a protecção das mesmas.
Nacute anunciou que também foi vandalizada uma viatura da Televisão de Moçambique, cujos jornalistas foram alvos de tentativa de agressão física.
Num outro desenvolvimento, Nacute adiantou que a polícia deteve, fim-de-semana, 15 indivíduos por perturbação da ordem e tranquilidade públicas, nas cidades de Nampula, Nacala e Monapo.
“Em toda a província, a situação da ordem pública está restabelecida e apelamos aos cidadãos para se absterem de participarem em manifestações ou marchas violentas”, pontuou.
(AIM)
RI/sg
