Maputo, 21 Out (AIM)- Os médicos residentes do Hospital Central de Maputo, a maior unidade sanitária em Moçambique, ameaçam paralisar actividades extraordinárias a partir do dia 1 de Novembro próximo.
Através de uma carta dirigida à direcção daquele Hospital, os médicos queixaram-se do facto de não estarem a receber o pagamento referente aos serviços prestados fora do horário normal de expediente, assim como nos feriados e finais de semana, há nove meses.
Na carta, citada pelo “O País”, queixam-se de desgaste físico e psicológico, bem como dos custos de deslocação para execução das referidas actividades.
Anunciaram que até reuniram entre eles por duas vezes, mas não encontraram solução possível. “Decidiu-se, por unanimidade, declarar a indisponibilidade dos residentes para actividades fora do horário normal do expediente, nos feriados e finais de semana (rondas, urgências e outras actividades pertinentes neste período) a partir das zero horas do dia 1 de Novembro de 2023”.
Um médico residente é aquele que está num período de especialização numa determinada área da medicina, actuando num hospital ou instituição de saúde.
Em resposta, a direcção do hospital diz estar a procurar soluções junto das autoridades responsáveis por disponibilizar o valor referente a sua remuneração.
“De facto, recebemos uma carta dos médicos, este é um problema que não vem de hoje e que tem sido discutido. Não é um assunto do hospital, é um assunto que está a ser discutido, por isso ainda não tem solução. Quando tivermos resultado vocês saberão”, disse Mouzinho Saíde, director do HCM.
Não se sabe ao todo quantos profissionais estão envolvidos, mas uma fonte próxima ao HCM garantiu ao “O País” que a paralisação das actividades extraordinárias será feita por vários médicos, de diferentes especialidades.
(AIM)
FF