Chimoio (Moçambique), 17 Nov (AIM) – A província de Manica, centro de Moçambique, registou, nos últimos dez meses, um total de 166 casos de mortes neonatais, um aumento de seis por cento em relação a igual período do ano passado (2022), em que pereceram 156 bebés.
A prematuridade é a segunda principal causa de morte em bebés na província de Manica, com 43 por cento, depois da asfixia.
Ainda no mesmo período, a província notificou 752 partos prematuros, contra 748 de 2022.
O número representa um incremento de casos em Um por cento.
O recém-nascido prematuro é o bebé que nasce antes de 37 semanas de gravidez.
Muitas vezes a prematuridade no bebé é causada por má nutrição durante a gestação, atraso nos cuidados pré-natais, infecções maternas durante a gravidez, hipertensão arterial, gestação na adolescência e na idade avançada, entre outras que podem aumentar o risco de nascimento prematuro.
A esposa do secretário de Estado na província de Manica, Celsa Timbana Dick, orientou a cerimónia do Dia Mundial da Prematuridade que se assinala a 17 de Novembro de cada ano.
Reconheceu o papel da mulher na luta para a redução da taxa da prematuridade naquela região e no país, em geral.
Celsa Dick falava esta sexta – feira (17), no Hospital Provincial de Chimoio (HPC) onde referiu que o objectivo da celebração da data é de elevar o nível de consciência sobre o parto prematuro e fazer uma reflexão das estratégias para a redução da taxa de prematuridade.
Segundo Celsa Dick, o dia serve para fazer a sensibilização sobre as necessidades de se respeitar os direitos dos bebés prematuros e suas famílias.
“A prematuridade figura entre as principais causas de morte entre os bebés recém-nascidos. Portanto, é um problema de saúde pública e, anualmente, mais de 15 milhões de bebés nascem prematuros em todo o mundo”, referiu a esposa do secretário de Estado em Manica.
Explicou que “Isso significa que um em cada dez bebés nascem prematuros. Aproximadamente Um milhão de crianças menores de cinco anos de idade morrem anualmente devido a complicações da prematuridade. Ela contribui em 16 por cento para a taxa de mortalidade em crianças menores de cinco anos e em 35 por cento na taxa de mortalidade neonatal.”
Celsa Dick lembrou que as consequências da prematuridade são graves em crianças porque podem resultar em deficiência para a vida inteira, que vão desde a dificuldade na aprendizagem, problemas comportamentais, visuais, auditivos, deficiência motora, infecções respiratórias crónicas, entre outros males.
“A prevenção de mortes e complicações da prematuridade começam com a saúde da mãe. Cuidados de qualidade na mulher antes e durante a gravidez são essências para evitar o parto prematuro. São cuidados disponíveis em todas as unidades sanitárias da província e do país, em geral, através de pacotes oferecidos as mães e mulheres nas consultas pré-natais e pós-parto”, afirmou.
Referiu que “em todas as sedes distritais estão disponíveis os cantinhos de mães kangurus com o objectivo de garantir a sobrevivência de bebés prematuros.”
“Nosso apelo é que as mulheres se dirijam às consultas pré-natais e pós-parto para garantir o crescimento saudável dos seus bebés”, anotou.
Este ano, o dia Mundial da Prematuridade é celebrado sob o lema: Garanta Contacto Pele a Pele com os Pais desde o Nascimento.”
(AIM)
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